Enquanto Rafinha tem um Landau 1979, o humilde carro que Zico ganhou no Mundial

Que o Zico é ídolo do Brasil ao Japão todo mundo sabe, mas poucas pessoas conhecem a história que fez com que o Galinho eternizasse sua relação com o país oriental. Muito antes de sua transferência para o Kashima Anthlers, onde ajudou a profissionalizar e a popularizar o esporte na região do sudeste asiático. 

Em 1981, a Copa Intercontinental de Clubes era realizada no Japão onde um dos grandes patrocinadores era a montadora japonesa Toyota. No torneio, tradicionalmente, o campeão da UEFA Champions League e da Libertadores do ano corrente disputavam a taça para ver quem seria o campeão mundial dos clubes, na ausência de uma competição organizada pela FIFA.

Embora não tenha sido feita pela entidade máxima do futebol internacional, a Copa Intercontinental sempre ganhou o status de ‘Mundial’ dado tanto pela imprensa quanto pela própria FIFA, que reconheceu as conquistas em 2014. No torneio vencido pelo Flamengo em 1981, contra o Liverpool, da Inglaterra, por 3 a 0, Zico foi eleito o melhor em campo.

O galinho não fez nenhum gol, mas deu duas assistências e foi o autor do chute de falta que ocasionou o terceiro gol. Como premiação, Zico recebeu da Toyota um Celica, modelo 1982, lançamento na época. O presente japonês, na verdade foi grego, o brasileiro precisou esperar até 1985 para poder dirigir o seu carro, devido aos trâmites burocráticos da época e o atraso no envio do veículo, quando o carro desembarcou no Rio de Janeiro, Zico já havia se transferido para a Udinese, da Itália. 

E hoje?

“O carro está mais guardado como um troféu. Algumas pessoas pedem para levá-lo em exposições no Rio de Janeiro. Meu motorista dá umas voltas com ele pelo condomínio. Mas é difícil andar com ele, principalmente porque ele não tem direção hidráulica, fica muito pesado, parece que estou fazendo musculação com ele”, respondeu Zico ao ‘UOL’ sobre seu Toyota Celica. O Galinho revelou que mantém o veículo guardado em sua residência no Rio de Janeiro, e que em nenhum momento, cogitou se desfazer do prêmio recebido pela conquista do título mais importante do Flamengo.