Por Tomas Porto
O escudo do Mogi Mirim, amassado e corroído no portão, simboliza o momento atual do clube de futebol do interior de São Paulo. O time teve grande destaque na década de 1990, mas agora se encontra na última divisão estadual.
O Centro de Treinamentos, um patrimônio invejável, está abandonado em meio a um matagal capaz de quase cobrir as travessias. O estádio Vail Chaves, antes de um modelo para rivais, está interditado, penhorado e com decisão judicial para que seja leiloado. A Procuradoria Geral paulista processa o Mogi Mirim para que a área, doada ao clube no século passado, seja devolvida ao estado.
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Rivaldo, campeão da Copa do Mundo de 2002 com a seleção brasileira e eleito o melhor do mundo em 1999, teve seu início no futebol no Mogi Mirim, em 1992, não conhecido como “Carrossel Caipira”. Em 2008, ele voltou ao clube como presidente.
Em 2013, o Mogi Mirim já ostentava uma dívida de cerca de R$ 12 milhões com Rivaldo. Como forma de abater R$ 6,8 milhões dessas obrigações, Rivaldo recebeu dois terrenos, um deles o do CT em Mogi Guaçu. A operação é contestada na Justiça em uma ação que já dura oito anos.
Enquanto Mogi Mirim enfrenta uma crise financeira e administrativa, o escudo amassado e corroído no portão é um símbolo involuntário desse momento. O clube já teve momentos de glória, mas agora luta para sobreviver. A falta de cuidados com o patrimônio do clube é evidente, com o Centro de Treinamentos abandonado em meio a um matagal e o estádio penhorado e interditado. A situação se agrava com a Procuradoria Geral paulista processando o Mogi Mirim para que a área, doada ao clube no século passado, seja devolvida ao estado.
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