Por Romario Paz
Segundo o repórter Alex Lawes, a rede de observação e recrutamento do Brighton & Hove Albion é reconhecidamente uma das mais destacadas do futebol global. Foi por meio dela que foram identificados e lapidados talentos como Evan Ferguson, Alexis Mac Allister, Julio Enciso, Kaoru Mitoma, Moises Caicedo e Ben White, e por valores relativamente módicos. Por isso, a aquisição de João Pedro no último mercado pareceu tão fora de contexto.
Contrariando seu padrão, os Seagulls desembolsaram cerca de £30 milhões (R$ 186 milhões) para adquirir o atacante do Watford, revelado pelo Fluminense, arquirrival do Flamengo. Seria justo sugerir, no entanto, que o proprietário Tony Bloom só autorizaria esse tipo de negócio se houvesse um grande benefício para o clube; primeiro no sentido futebolístico e depois no financeiro. Dado o fato de terem vendido jogadores como Caicedo com um lucro de quase £100 milhões, uma venda milionária certamente está nas mentes dos dirigentes do Brighton.
A evolução é palpável. Depois de um início lento na Inglaterra com o Watford, João Pedro logo se estabeleceu como um dos melhores, se não o melhor, jogador da segunda divisão com os Hornets. Um clube que, por sua vez, também ganhou destaque por sua política de recrutamento sob a propriedade da família Pozzo.
O Brighton é uma equipe que não costuma errar - especialmente quando fazem investimento tão expressivo. O clube claramente enxerga um futuro promissor para o jovem ex-Flu, que já está causando impacto na competição da Uefa. Foram cinco gols na Liga Europa, além dos cinco na Premier League. João Pedro continua a crescer como jogador e a fazer seu nome e caminho na elite do futebol inglês, mas trajetórias de carreira como a dele podem se tornar bastante comuns com o tempo.
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