A saga jurídica entre o Corinthians e a empresa Pro Futebol, representada pelo empresário Beto Rappa, teve um novo capítulo com a decisão da Justiça de bloquear R$ 1 milhão das contas do clube paulista. A controvérsia remonta a 2014, quando Beto Rappa emprestou dinheiro ao Corinthians para viabilizar a contratação do atacante paraguaio Ángel Romero.
O imbróglio teve início com a contratação de Ángel Romero, onde, inicialmente, o Corinthians se comprometeu a pagar R$ 6,6 milhões a Beto Rappa. No entanto, a variação do dólar, multas contratuais e correções monetárias fizeram esse valor se multiplicar ao longo dos anos. Os prazos de pagamento, que inicialmente eram para agosto de 2017, foram estendidos, mas o clube não conseguiu honrar suas obrigações nos acordos firmados em 2019 e 2021.
O retorno de Ángel Romero ao Corinthians no final de 2022, após o término de seu contrato com o Cruz Azul, do México, trouxe à tona novamente a questão da dívida. O contrato atual do atacante com o clube brasileiro se estende até o final deste ano, tornando essa disputa não apenas uma batalha jurídica, mas também um elemento relevante nos bastidores do futebol do Corinthians.
O juiz Luis Fernando Nardelli, responsável pelo caso, inicialmente determinou o bloqueio de R$ 13 milhões, mas uma varredura realizada em dezembro de 2022 identificou apenas R$ 1 milhão disponível nas contas corintianas. A dívida, que já passou por diversas fases e renegociações, representa um débito de R$ 11,5 milhões, aos quais podem ser acrescidos R$ 1,1 milhão em honorários advocatícios.
21/12/2024
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