Por Romario Paz
O Brasil ficou surpreso com a decisão da Justiça do Rio de Janeiro em tirar Ednaldo Rodrigues, da presidência da CBF. Segundo o despacho feito pelos desembargadores, as eleições realizadas em 2022 e que conduziu Rodrigues a presidência da entidade foram consideradas ilegais, devido a um Termo de Ajustamento de Conduta realizado entre a CBF e o Ministério Público.
Na visão dos desembargadores, o MP não tinha prerrogativas de celebrar um acordo na esfera privada, sem o envolvimento do matérial público. Com isso, a Justiça considerou ilegal o pleito e depôs Ednaldo Rodrigues da presidência. A decisão ainda conduziu José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, ao cargo de presidente interino da entidade, com objetivo de convocar novas eleições em até 30 dias.
Ednaldo Rodrigues é retirado do cargo em meio ao caos político que existe nos bastidores da CBF sobre a sua ilegitimidade como presidente. Correntes leais aos ex-mandatários Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero, ambos banidos do futebol pela FIFA por corrupção, tentavam derrubar o atual presidente e colocar Rubens Lopes, mandatário da FERJ, em seu lugar. A CBF anunciou que vai recorrer da decisão.
Agora, inicia-se o capítulo dois dessa história. O ‘UOL’ revelou que a FIFA e a Conmebol alertaram por duas vezes nas últimas semanas sobre o risco de interferência do poder público em assuntos que dizem a respeito a esfera esportiva. E relembrou que as punições previstas no artigo 16 do código de conduta da FIFA apontam para a suspensão da Seleção do país condenado na próxima Copa do Mundo, além de suspensão dos clubes filiados a entidade em torneios internacionais.
Segundo a Rádio Itatiaia, a FIFA entrou em contato com o veículo de comunicação e avisou que está monitorando a situação da CBF de perto, e que mantém contato com a entidade depois dos acontecimentos de quinta-feira. A entidade ainda garantiu que nenhuma das punições que virem a ser executadas atingirão o Fluminense, que se prepara para o Mundial Interclubes em Dezembro. A entidade avisou que se manifestará ainda hoje sobre o ocorrido com o Brasil.
20/12/2024
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