Surgiu no Palmeiras, foi desprezado por Abel, agora é rei no futebol asiático

O futebol brasileiro continua exportando talentos para mercados emergentes, e Ruan Santos, ex-zagueiro do Palmeiras, é um dos mais recentes a trilhar esse caminho. Bicampeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior pelo Verdão, o jovem de 21 anos embarcou para os Emirados Árabes Unidos em busca de novos desafios. Atualmente no Al-Bataeh, ele vive um momento de adaptação e vê com bons olhos o crescimento do futebol na região.

Após passagens pelo Cruzeiro e uma experiência na Série B com o Vila Nova, Ruan decidiu seguir o caminho que muitos brasileiros têm tomado nos últimos anos: explorar as oportunidades no futebol do Oriente Médio. Em entrevista exclusiva ao Nosso Palestra, ele comentou sobre o impacto da chegada de estrelas como Cristiano Ronaldo, Benzema e Kanté, que impulsionaram ainda mais o desenvolvimento do esporte na região.

Desafios e adaptação ao futebol árabe

Chegar a um novo país sempre exige ajustes, e Ruan não esconde que enfrentou desafios, especialmente com a barreira do idioma e o estilo de jogo. "Aqui o futebol é muito intenso, com bastante contato físico e velocidade. Aos poucos, fui me adaptando e aprendendo a lidar com as diferenças", afirmou o defensor.

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O Al-Bataeh, clube que Ruan defende desde outubro de 2024, disputa a UAE Pro League, uma liga que, embora ainda em ascensão, vem recebendo cada vez mais investimentos e atraindo jogadores brasileiros. Outros ex-palmeirenses, como Renan e Kauan Santos, também estão no futebol do Oriente Médio, reforçando a conexão entre os dois mercados.

O zagueiro destacou que o ambiente no país é seguro e profissional, desmistificando a ideia de que o futebol na região seria apenas um "retiro" para jogadores veteranos. "Temos uma estrutura de alto nível e um futebol competitivo. O crescimento da liga é real, e o futuro promete ainda mais investimentos", completou.

Uma conexão de gerações

A relação de Ruan Santos com o futebol começou cedo, influenciada pelo pai, Narciso, ex-zagueiro do Santos e da Seleção Brasileira. "Cresci nos treinos dele, pegando bola, batendo pênaltis nos goleiros. O Palmeiras sempre fez parte da minha história", relembrou o jogador. O jovem zagueiro mantém laços afetivos com o Verdão, onde conquistou títulos e amadureceu como atleta e pessoa. Agora, longe do Brasil, ele busca consolidar sua carreira no exterior e sonha em deixar sua marca no futebol árabe. "O importante é seguir evoluindo e aproveitar as oportunidades", concluiu Ruan.