Por Bruno Leandro
Na última quinta-feira (24) um grupo de jogadores brasileiros de futebol e suas famílias que estão na Ucrânia pediram ajuda ao governo brasileiro pelas redes sociais numa tentativa de deixar o país europeu.
O destino tentado por jogadores brasileiros para tentar fugir da Ucrânia
Ao todo, são 41 atleta das de futebol nascidos no território brasileiro que atuam na Ucrânia, 31 deles são da primeira divisão. A maioria, 13, defende o Shakhtar Donetsk.
Entre eles, Edmar de Lacerda, o Edmar, natural de Mogi das Cruzes-SP, iniciou sua carreira nas categorias de base do Independente-SP e, atualmente, defende o Hurricane FC dos Estados Unidos. Edmar é cidadão naturalizado ucraniano desde 3 de março de 2011. Ele também é casado com uma mulher ucraniana. Por esse motivo, Edmar pode ser convocado para servir ao exército do país em uma possível guerra.
Edmar fez um post em sua rede social pedindo orações para a Ucrânia e seu povo e não disse se foi convocado ou não pelo exército. Dentro das fronteiras do país europeu, homens de 18 a 45 anos que têm cidadania ucraniana estão proibidos de deixar o país.
Essa não seria a primeira vez que Edmar seria convocado para o exército da Ucrânia. Em 2014 O jogador, que fez sucesso com a camisa do Metalist Kharkiv, foi convocado pelo exército da Ucrânia para defender o país contra forças separatistas ligadas à Rússia. Só que Edmar não precisou efetivamente ir à guerra. Dirigentes do Metalist, seu time na época do ocorrido, conseguiram fazer com que ele fosse dispensado.
Agora o conflito acontece após o presidente russo, Vladimir Putin, nesta quinta-feira (24) investir em uma ação militar no país vizinho. Relatos da imprensa internacional indicam a invasão ao solo ucraniano por tropas do exército russo, além de explosões e ataques com mísseis em cidades como Kiev e Kharkiv.
Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, anunciou que o país está sob lei marcial (em resumo, leis e autoridades civis estãono momento suspensas. A partir de agora, passam a valer leis militares e as decisões são tomadas pelos chefes das Forças Armadas da Ucrânia).
Edmar mudou-se para o país em 2002, onde casou-se com uma ucraniana e teve dois filhos. Aos 22 anos, ele deixou o Inter de Limeira e foi transferido para o Tavriya, da cidade de Simferopol, capital da Crimeia. Em 2008, ele foi para o Metalist, onde atuou por anos, até que passou a jogar pelo Hurricane FC dos Estados Unidos. Edmar também defendeu as cores do Internacional de Porto Alegre aqui no Brasil.
Um dos 31 brasileiros que atuam na primeira divisão do futebol ucraniano, Júnior Moraes também se encontra em situação delicada.
Nascido em Santos, no litoral paulista, o jogador de 34 anos é o único deles que possui passaporte ucraniano, após se naturalizar cidadão do país em 2019. Um dos 13 brasucas do elenco do Shakhtar Donetsk, ele está ao lado dos companheiros, em Kiev, esperandoos acontecimentos do conflito do país com a Rússia.
Moraes defendeu a seleção ucraniana em 11 partidas e marcou um gol com a camisa do país. O brasileiro naturalizado fez parte do elenco da seleção europeia na última Eurocopa.
O atacante se encontra em situação parecida com a de Edmar, porém ele está no momento dentro dos limites territoriais da Ucrânia, o que pode facilitar para que ele seja convocado para o conflito armado.
Moraes está com o grupo de brasileiros em um hotel na região central de Kiev. Os jogadores tiveram um espaço improvisado destinado a eles, mas estão se alimentando com base nas reservas do hotel, que deixou claro que não sabe por quanto tempo haverá suprimentos.
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