Brasileiros pelo Mundo

Vinicius Jr saiu da Favela para ganhar milhões de euros no Real Madrid

O futebol atua como integrador social em meio mundo, com especial incidência na América do Sul

Por Romario Paz

O futebol atua como integrador social em meio mundo, com especial incidência na América do Sul
O futebol atua como integrador social em meio mundo, com especial incidência na América do Sul
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O futebol tem essa magia. É uma linguagem comum que ajuda a democratizar as estruturas sociais; que penetra na sociedade sem distinções de classe; uma linguagem que todos entendem e que permite ao jogo ser uma espinha dorsal social onde outras ações, outros interesses (ou dinheiro) não chegam.

Neste relatório vamos mostrar, através de alguns dos melhores clubes da América do Sul (Flamengo), como o esporte, que às vezes produz tantas críticas a nível profissional, é um modelo de integrador social para as camadas mais desfavorecidas do Brasil. qualquer sociedade, tomando por base, nesse sentido, as terras sul-americanas.

'Jogue comigo'
Camila Nascimento é a gestora de responsabilidade social do Flamengo, provavelmente o maior clube, em torcida, no Brasil ... e também, por questão de população, na América. Camila, entre os vários projetos que o clube administra nas favelas do Rio de Janeiro -as áreas mais humildes da cidade-, apresenta o programa 'Vamos Brincar Juntos'.

A bola junta
Camila explica com entusiasmo como o baile reúne crianças que não se divertem do ponto de vista econômico, mas que, diante de uma bola, se divertem e aprendem valores que podem ajudá-los no futuro: “Eu gostaria gostaria de explicar que, através de uma associação interna chamada 'Futebol de Base', estamos atualmente implantando o programa 'Jogaremos Juntos' em oito favelas da zona norte do Rio de Janeiro. "

E qual é o papel do clube nesses programas? Com o que isso contribui, além do capital humano? “Fazemos doações muito diversas: camisetas, coletes, calças, botas, bolsas ... sejam novas ou em bom estado. E, claro, em algo que é muito importante, as comunidades também recebem observadores do clube em seus sessões de treinamento ", ressalta Camila.

Eles atraem talentos
Não é o principal, mas o clube também rastreia as favelas caso surja algum talento fora do comum. “Deste programa ainda não saiu nenhum jogador profissional porque é muito recente, e em tempos de pandemia tudo é mais difícil. A partir de agora, vamos começar mais a descobrir esses talentos. E se não, o trabalho social será sempre cumprido e feito, pois é o objetivo dos treinadores e do próprio clube nestes programas. ”

Exemplo de 'Vini'
Hoje, falando de futebol e favelas, e mais na LaLiga, é falar de Vinicius Junior, o ala do Real Madrid que veio direto de sua favela para os inferiores do Flamengo ... e de lá, para o time de Madrid.

 

Quem o viu diz que o lugar onde Vini morava era tremendamente pobre. Ele nasceu em São Gonçalo, uma das favelas mais pobres e perigosas do Rio de Janeiro. Seu pai trabalhava como instalador e, com esforço, conseguiram tirar a família da favela, o que não quer dizer que Vinicius não se orgulhe de suas origens.

Quando começou a jogar nas categorias inferiores do Fla, deixou o São Gonçalo. Demorou muito para treinar, e sua família o tirou de lá, quando viram o futuro do menino. O exemplo de Vinicius poderia ser transferido em poucos anos para qualquer um dos meninos que participam do programa Flamengo 'Vamos Brincar Juntos': da favela ao campo.


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