Não foi por denúncia, no México revelam porque o Pumas não quis Dani Alves

Já se passaram quase três meses que Daniel Alves está preso no Complexo Penitenciário Brians 2, nos arredores de Barcelona. No dia 30 de dezembro do ano passado, o lateral-direito multicampeão por vários clubes e pela Seleção Brasileira teria assediado uma jovem de 23 anos na Boate Sutton, situada em Barcelona. Em um depoimento prestado pela vítima, pouco tempo depois do acontecimento, a moça relatou que o jogador teria forçado ela a manter relações sem o seu consentimento, o que configura crime.

No dia 20 de janeiro, após se contradizer em vários depoimentos, sempre com uma versão diferente da outra, o jogador teve a sua prisão preventiva decretada pela Justiça de Barcelona, que ainda negou, nesse tempo, dois pedidos de habeas corpus para libertar o jogador da prisão. Segundo a promotoria do caso, o risco de fuga do jogador é “muitíssimo elevado”, e usou como exemplo o caso Robinho: o atacante foi condenado a 9 anos de prisão na Itália por crime semelhante.

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E na mesma data em que a sua prisão preventiva foi decretada, o Pumas-MEX, que tinha contrato com o lateral-direito até o meio do ano, rescindiu o acordo por justa causa, alegando que Daniel teria descumprido cláusulas do contrato, que “penalizam o envolvimento em casos de doping, em qualquer escândalo que se torne público ou qualquer ato que seja considerado criminoso na legislação do país onde tenha ocorrido o fato”.

"Bola de neve"

Segundo informações, não foi só o suposto crime cometido por Daniel Alves que motivou o Pumas a rescindir com ele. O seu rendimento ruim dentro de campo, somado ao salário alto que recebia, além do retorno financeiro, acabaram resultando em uma “bomba-relógio”, que foi detonada com a notícia de sua prisão e posterior rescisão de contrato. O clube mexicano exige que o jogador pague uma indenização de quase R$ 27 milhões livres de imposto.