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Veja quem são os melhores zagueiros da história da Seleção Brasileira

O El Futbolero Brasil listou os 5 melhores zagueiros da história da Seleção brasileira

Por Jorge Dias

O El Futbolero Brasil listou os 5 melhores zagueiros da história da Seleção brasileira

Reconhecida internacionalmente como um celeiro de craques de bola, sobretudo no ataque, a Seleção brasileira também ofereceu ao futebol mundial um número considerável de defensores que, atuando no Brasil e no exterior, marcaram para sempre os gramados do esporte.

Desde os anos 1950, pelo menos um defensor brasileiro, nas quatro posições que configuram a defesa tradicional, é escalado nos times das décadas e nos times anuais das principais revistas de análise de futebol. Mesmo que a prioridade do futebol tupiniquim seja a criação de dribladores e finalizadores, o país tem exportado cada vez mais defensores aos seus moldes: rápidos e versáteis.

Diferente da escola alemã e da italiana, tradicionais celeiros de defensores e estratégias defensivas na história do futebol, o Brasil tem se notabilizado por desenvolver zagueiros velozes na recomposição e em atletas que participem do jogo de meio-campo. Acabando com estigma de que zagueiros são os menos habilidosos das quatro linhas.

Sabendo disso, o El Futbolero Brasil escalou os 5 melhores zagueiros brasileiros de todos os tempos.

5 - Bellini

Rígido, alto e discplinador, essas eram as características de Luís Bellini, zagueiro nascido em Itapira, São Paulo, mas que ganhou projeção nacional usando a camisa do Vasco da Gama. Entre todas as imagens que remetem a lembrança do histórico defensor, a que ele levanta a taça Jules Rimet é a mais recordada.

Foi com esse gesto que Bellini influenciaria todos os capitães campeões do mundo a erguer o troféu acima da cabeça, gesto repetido por todos depois dele. Internamente seus ex-companheiros relatavam que ele não era de conversar, mas em campo se tornava um leão para defender as cores da Seleção Brasileira, a qual defendeu entre 1957 e 1966, onde exerceu sua liderança.

Tamanha idolatria do futebol brasileiro, Bellini é o jogador mais lembrado da seleção campeã em 1958 na Suécia, depois de Zagallo outro líder em campo e do jovem Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. A importância do zagueiro na história do futebol brasileiro é tanta, que uma estátua de bronze em tamanho real da qual ele está erguendo o troféu Jules Rimet está presente na frente do Maracanã desde 1960. Infelizmente o defensor faleceu em 2014, aos 83 anos.

4 - Aldair

O zagueiro nascido na Bahia e revelado pelo Flamengo se tornou um símbolo da força e da resistência da zaga brasileira. O defensor surgiu em 1985 e foi embora para o futebol europeu em 1989, onde só retornaria ao Brasil em 2005. Aldair foi titular da campanha vitoriosa do Tetracampeonato em 1994 e do vice na França em 1998.

É tido por muitos como um exímio cabeçeador e recebeu o apelido de Pluto em Roma devido a aparência ser semelhante ao personagem da Disney. Foi vital na conquista do Tetra, sendo por muitas vezes o responsável direto por salvar a defesa brasileira, que era o ponto forte do time escalado por Carlos Alberto Parreira.

Nem mesmo a idade avançada fez com que Aldair deixasse a titularidade em 1998, com Zagallo o defensor foi um dos líderes em campo. Sua idolatria é reconhecida por ser um homem extremamente humilde e dedicado as funções de zagueiro. Raramente cometia erros, e era responsável muita das vezes por impedir gols de cabeça adversários.

3 - Carlos Alberto Torres

O eterno 'Capita' foi o rosto do zagueiro ideal no Brasil por muito tempo, habilidoso e dedicado ao futebol, Carlos Alberto Torres foi o líder da seleção do Tricampeonato de 1970 no México. Torneio do qual marcou a história do futebol mundial com o gol, que é considerado o mais lindo de todos os tempos pela FIFA, marcado na final contra a Itália.

Sua principal habilidade era liderar, era dele que surgia as ideias para seleção articular as jogadas criadas por Zagallo e vinha das suas falas as palavras necessárias para acalmar ou motivar os jogadores. Sua técnica era tão alta que conseguia desarmar o adversário e sair jogando com a mais pura elegância.

Fez uma enorme carreira no Botafogo, onde também é ídolo e com passagens marcantes pelo Fluminense e pelo Flamengo, é um dos poucos jogadores ídolatrados por três das 4 maiores torcidas do Rio de Janeiro. Se aposentou ao lado de Pelé e Beckenbauer no New York Cosmos. Faleceu em 2016.

2 - Nilton Santos

Herói botafoguense e ídolo da Seleção Brasileira, você já deve ter ouvido falar de Nilton Santos, e certamente é estranho que um jogador reconhecido pela FIFA como o 'melhor lateral-esquerdo de todos os tempos' esteja alocado em uma lista que fala exclusivamente de zagueiros. Mas isso acontece porque na época em que Nilton jogava não havia distinção entre laterais e zagueiros.

Sim, apesar de existirem as posições, eles atuavam técnicamente como defensores e, muitas vezes, era comum ver laterais desempenhando a função de zagueiro, e vice-versa. Mas isso atrelava a melhor qualidade de Nilton, a sua versatilidade. A importância de Nilton Santos para o futebol, não só brasileiro, mas mundial é inigualável.

Até meados dos anos 1960, os laterais atuavam como defensores rigidos ao sistema defensivo, em outras palavras, não podiam subir ao ataque e apoiar os pontas e os alas. Após sua 'criação' na lateral-esquerda, os laterais de uma maneira geral foram utilizados de forma diferente ao redor do mundo, sendo uma posição atuante tanto no sistema defensivo quanto ofensivo.

Sua importância e legado para o futebol foi tão grande, que além de ser considerado pela FIFA como o 'Melhor lateral da história do futebol', Nilton dá o nome ao estádio do Engenhão, casa do Botafogo, seu clube de coração e do qual atuou durante toda a sua vida profissional. Para muitos, é o maior ídolo da história do clube. Niltão faleceu em 2013, vítima do mal de alzheimer.

1 - Domingos da Guia

Domingos da Guia é consideradado por muitos como o melhor e o maior defensor que o Brasil já teve, históricamente pela Seleção Brasileira o zagueiro jamais conquistou um título, seu melhor resultado foi o terceiro lugar em 1938. Porém, a sua carreira dedicada ao esporte no inicio da era profissional foi vital para a derrubada de preconceitos raciais no Futebol.

Em meados da década de 1930, o futebol ganhava contornos progressistas com o Vasco da Gama permitindo jogadores negros em seus elencos profissionais e a idolatria a Leônidas da Silva, e foi com Domingos da Guia que nasceu a expressão 'zagueiro' no futebol.

Historicamente a posição era definida como 'defensor' ou 'beck' do inglês 'retaguarda'. No entanto, 'zagueiro' começou a ser utilizado após as exibições de Domingos da Guia, sabe-se lá por qual motivo, mas tamanha influência do histórico defensor do Bangu, fez com que a palavra se popularizasse no continente.

Ao defender o Nacional do Uruguai, a palavra foi acrescida ao espanhol. Domingos também jogou pelo Boca Juniors, e é ídolo das três maiores torcidas dos três principais campeonatos do continente, Flamengo (Brasil), Nacional (Uruguai) e Boca Juniors (Argentina). Sua elegância era conhecida internacionalmente, o zagueiro tinha a característica de desarmar e sair driblando para o meio-campo.

Domingos da Guia foi essencial para a criação da identidade do Futebol como um esporte popular, e pela identificação com o Bangu, teve seu nome acrescido ao hino do clube e com o Flamengo, é cantado em um dos inúmeros sambas entoados pela Nação. Domingos também foi pai do maior ídolo do Palmeiras: Ademir da Guia. O zagueiro faleceu em 2000 em decorrência a um AVC.
 

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