Por Jorge Dias
Após fazer fortes críticas a postura do português Abel Ferreira, Jorginho, treinador do Atlético Goianiense foi convidado pelo Redação SportTV para explicar as declarações depois que o Palmeiras soltou uma nota nas redes sociais apontando xenofobia por parte do tetracampeão mundial com a seleção brasileira em 1994.
Abel Ferreira 'está desrespeitando nosso país' polemiza treinador; saiba quem
“Em primeiro lugar, fui 12 anos estrangeiro na minha vida, dez anos como jogador e dois anos como treinador. Tenho respeito muito grande por ser estrangeiro e como estrangeiro. Tenho cidadania portuguesa, não tenho nada contra o Abel. No jogo de ontem, ele não veio me cumprimentar, como um anfitrião tem que fazer, não entendi essa postura”, afirmou o treinador que reiterou suas críticas a Abel.
“O que me assusta em campo é a forma desrespeitosa que ele e sua comissão técnica fazem com o árbitro. Tenho 12 anos fora do meu país, aprendi a amar as pessoas independentemente do país. A única coisa que fiz foi pedir ao quarto árbitro para ter mais severidade com aquilo que ele estava fazendo”, disse Jorginho.
O treinador do Atlético Goianiense ainda afirmou que entrou em contato com outros treinadores brasileiros para comentar sobre a situação, e segundo o profissional, a avaliação é que o português precisa mudar sua postura, “dentro de campo, precisa mudar o seu comportamento”.
Jorginho se desculpou pela possível declaração xenófoba, mas reiterou que os profissionais estrangeiros devem ter respeito pela arbitragem brasileira, “se de alguma forma passei essa imagem, não é a minha forma de ser (xenófobo). Não é uma justificativa, mas acho que esses temas e esse comportamento precisam ser debatidos. No momento que ele está falando e sendo desrespeitoso com o árbitro, automaticamente ele está falando com a minha equipe”, completou.
Abaixo a nota na integra:
"A Sociedade Esportiva Palmeiras repudia com veemência as manifestações de cunho xenófobo que têm sido constantemente endereçadas à nossa comissão técnica.
Nascemos pelas mãos de imigrantes que não somente fundaram um dos clubes mais vitoriosos do mundo, como também contribuíram com a formação da sociedade brasileira e da identidade nacional.
A nossa história de 107 anos foi construída por jogadores, profissionais e torcedores de diferentes nacionalidades e etnias, sem distinção. Portanto, não toleramos declarações preconceituosas que incitem a aversão a estrangeiros.
Nossos gramados não são feudos reservados a pessoas de um só país. Pelo contrário, neles há espaço para todos que tenham vontade e capacidade de melhorar o futebol brasileiro".
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