Por Tomas Porto
Dias antes da estreia no Paulistão, o São Paulo encarou uma crise virtual. O clube usou o termo “Trikas”, uma abreviação de "Tricolor", no anúncio da coletiva de Nikão e gerou polêmica nas redes sociais. Termo já utilizado por torcedores em publicações, “Trikas” apareceu na página do clube no Twitter e resultou em uma divisão entre os torcedores. Houve mensagens positivas e negativas sobre o apelido. O São Paulo diz que usou o termo como uma ação pontual de engajamento nas redes sociais por conta do sucesso da expressão no dia da apresentação de Nikão. O clube reforça que não adotará a palavra como apelido do clube.
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O que começou como uma brincadeira inocente e uma tentativa de dialogar com são-paulinos jovens nas redes sociais terminou em ameaças de violência. Incomodada com o apelido, a Torcida Organizada Independente, maior e mais tradicional do clube, divulgou uma nota, em tom de ameaça e intolerância, por meio de suas redes sociais:
“A Torcida Independente respeita toda liberdade de expressão, manifestações culturais e estilos de vida. Mas o papo é reto, parceiro. A nossa instituição tem regras desde 1972. Completará 50 anos com muito sentimento raiz tricolor. A voz da arquibancada. Assim como instituições tem regras de conduta e vestimenta, também temos. Funciona assim para ingressar no Exercito, para muitas vagas de emprego, conforme determinem as corporações. Quer usar brinco, pintar o cabelinho, alargar a orelha, vai tranquilo, São Paulo Futebol Clube é de todos. Apenas não será um Independente, simples assim. E na arquibancada não terá essa modinha de ‘trikas’. Não tentem a sorte.”, diz um trecho da nota.
“Para quem for ‘trikas’, use sua graça na rede social, onde você quiser, menos nos estádios. Fomos claros? Para a sua ‘trika’ não virar ‘zika’ para o seu lado, estamos avisando numa boa, para depois ninguém dizer que não sabia. E vocês aí, da Comunicação do SPFC ou assessoria de imprensa, nossa instituição trimundial não permite palhaçada. Perfeito.”, completa a Independente.
Na mesma linha agressiva, a torcida organizada Dragões da Real se manifestou, contra a brincadeira: “Vamos limpar quem falta com respeito à instituição. Cabe ao são-paulino raiz desmoralizar essa intervenção e combater essa pequena praga.”
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Muitos torcedores reclamaram da postura das torcidas organizadas, apontando a homofobia, conservadorismo e machismo nas notas divulgadas. Além disso, há críticas sobre o silêncio dessas mesmas organizadas em relação à votação de um possível "golpe" no clube. Neste domingo (23), os sócios do São Paulo votam por alterações ou não de 14 itens do estatuto do clube, incluindo a possível volta da reeleição a presidente e a ampliação do mandato de conselheiros. Algumas propostas são vistas como “autoritárias” porque tendem a limitar o poder dos sócios e ainda favorecer a atual gestão do presidente Julio Casares.
Os diretores do São Paulo entraram de vez na campanha pela aprovação das mudanças no estatuto do clube. Na última semana antes da votação marcada para domingo (23), o presidente Julio Casares e outros membros da gestão têm participado ativamente de eventos com associados.
16/10/2024
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