Retranqueiro ou calculista; como funciona a mente resiliente de Mano Menezes no Internacional

A frente do Internacional desde a queda de Cacique Medina, Mano Menezes encara uma ótima sequência invicta no Colorado. São 14 jogos sem perder, e uma passagem direta na briga pelas melhores posições no G4. Em dois meses de trabalho, Mano já superou o número de vitorias que seu antecessor havia alcançado.

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A gestão do grupo foi importante, mas principalmente, Mano mudou a forma do Internacional de jogar. Adaptando ao seu estilo reativo, o Inter passou ajustar suas linhas mais abaixo e enfatizando a necessidade de encaixar uma marcação posicional.

Com Medina, o Inter buscava adiantar as linhas para ficarem próximas do ataque na tentativa de sufocar o adversário, porém, a má recomposição das laterais permitia sucessivos contra-ataques. Mano mudou isso, passou a ter uma defesa sólida com linhas mais próximas do seu gol, e uma marcação fechada em 2 linhas de 4 bem distintas. Os pontas ficavam a disponíveis nas extremidades da primeira linha.

A linha de quatro bem estruturada se torna uma linha de cinco, quando o ataque adversário tenta penetrar pelas laterais. O volante passa a marcar o homem da diagonal enquanto o lateral acompanha o ponta até a linha de fundo. O restante da linha marca a bola e está posicionada para poder causar uma confusão no ataque da equipe rival.

Saída de três sem volante passador

Mano adaptou a estratégia mais comum do futebol atual as características de seus comandados, o Internacional passou a sair com uma linha de três, mas ao invés de dois zagueiros e um volante, como é costume nessas saídas, o treinador Colorado escolheu dois zagueiros e um lateral para essas funções. “Obedecer às características de cada um. Se não construir com qualidade, dificilmente estará entre os melhores”, explicou.

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