Por Tomas Porto
A reforma estatutária do São Paulo não vai acontecer. Por 818 votos a 506, além de cinco abstenções, os associados do Tricolor rejeitaram as alterações no estatuto do clube. A votação ocorreu neste domingo (23) das 8h às 17h entre sócios acima dos 18 anos com pelo menos dois anos de associação e que estivessem com as mensalidades em dia. Ela era o último passo para a confirmação do novo estatuto, que já havia sido aprovada pelo Conselho Deliberativo. O resultado é uma derrota amarga para a gestão do presidente Julio Casares, que se empenhou na campanha pelo "sim", mas não conquistou a maioria dos sócios. Nos últimos dias, o presidente Casares e o diretor de futebol Carlos Belmonte participaram de eventos e jantares com associados para tentarem aprovar a mudança no estatuto.
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Entre os temas a ser modificados estavam a volta da reeleição para presidente, além do aumento do mandato dos conselheiros de três para seis anos. Outro ponto seria a liberação para que membros do conselho exerçam cargos em diretorias. O estatuto prevê que o conselheiro se licencie do órgão, mas a mudança permitiria que houvesse um acúmulo de funções.
A medida impactaria, por exemplo, o diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte. Ele é conselheiro eleito e exerce a função sem remuneração. O cargo de diretor executivo de futebol é ocupado por Rui Costa.
Puderam votar os sócios acima de 18 anos adimplentes e com pelo menos dois anos de associação. A votação foi presencial nos ginásios do clube, no Morumbi, e também contou com um sistema de drive-thru para evitar aglomerações.
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Minutos após o resultado ser divulgado pelo São Paulo, Casares utilizou suas redes sociais para escrever sobre o assunto, dizendo que a vontade da maioria deve ser respeitada.
"Como sempre em minha vida, saúdo a democracia. A reforma estatutária proposta por um grupo de 82 conselheiros não foi aprovada hoje na Assembleia Geral. Ou seja, deve-se seguir a vontade do sócio, sem que seja feita recontagem de votos ou impetradas ações na Justiça — isso sim seria uma tentativa de golpe. Parabenizo a todos que lutaram por seus ideais nas últimas semanas - com respeito, todas as opiniões são bem-vindas. Seguimos em frente o nosso trabalho, com muito afinco e acreditando no fazer o melhor para o nosso São Paulo Futebol Clube", escreveu.
As mudanças defendidas pela atual gestão já eram muito criticadas pela oposição, que via a possibilidade de o clube se tornar menos democrático com o aumento do período de mandato dos conselheiros e a possibilidade de o atual mandatário se reeleger.
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