Série A

A resposta de Augusto Melo a fala polêmica de Ronaldo Fenômeno

Augusto Melo da resposta convicta a Ronaldo Fenômeno

Por Leandro Correira da Silva

A resposta de Augusto Melo a Ronaldo (Foto: Corinthians)
A resposta de Augusto Melo a Ronaldo (Foto: Corinthians)
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Nos últimos anos, o futebol brasileiro tem passado por uma grande transformação no modelo de gestão dos clubes. Enquanto algumas equipes adotam o modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF), outras defendem a implementação do fair play financeiro, que impõe um controle mais rígido sobre os gastos das equipes.

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No caso do Corinthians, a possibilidade de se tornar uma SAF foi totalmente descartada pelo presidente Augusto Melo, que reafirmou a posição do clube em relação ao tema. A declaração veio após o ex-jogador Ronaldo Fenômeno afirmar no Charla Podcast que teria interesse em comprar o Timão.

"SAF no Corinthians é impossível. O Corinthians é muito gigante. O que realmente precisa é de uma administração profissional"

A posição do mandatário corintiano reflete o pensamento de boa parte da torcida, que enxerga no clube um modelo de gestão próprio, sem a necessidade de transformá-lo em uma sociedade anônima, como aconteceu com times como Cruzeiro, Botafogo e Vasco.

Fair play financeiro é prioridade para o Corinthians

Se por um lado o Corinthians descarta se tornar uma SAF, por outro, a diretoria apoia fortemente a implementação do fair play financeiro no Brasil. A ideia é garantir que os clubes gastem dentro de suas possibilidades, evitando problemas financeiros futuros.

"Acho perfeito, sou favorável. O Corinthians, dentro de sua condição de receita, sempre estará no fair play. Para a gente, é muito tranquilo porque sempre cumprimos nosso estatuto", declarou Augusto Melo.

O dirigente reforçou que, em sua gestão, o clube está comprometido em manter uma administração responsável, sem gastos excessivos e respeitando sua capacidade de receita.

"Estamos adaptados a isso. O Corinthians, nesta gestão, não gasta o que não tem. Gasta dentro das suas condições, dentro das suas receitas. Muito tranquilo para a gente."

Essa postura busca evitar erros do passado, quando o clube enfrentou dificuldades financeiras devido a contratações e investimentos acima do seu orçamento.

Propostas pelo Corinthians foram recusadas

Essa não foi a primeira vez que o nome do Corinthians foi envolvido em rumores sobre uma possível SAF. Em julho de 2024, o presidente Augusto Melo já havia se pronunciado sobre o assunto, após a OTB Sports demonstrar interesse em intermediar uma possível aquisição do clube do Parque São Jorge.

Na ocasião, a diretoria corintiana reafirmou que o Corinthians não está à venda e que qualquer proposta nesse sentido seria prontamente recusada. A ideia é que o clube continue sendo gerido de forma associativa, mantendo suas tradições e fortalecendo sua estrutura administrativa.

O futuro do Corinthians sem SAF

A decisão de manter o Corinthians longe da SAF e apostar no fair play financeiro mostra um caminho diferente do que vem sendo trilhado por alguns clubes brasileiros. Enquanto Cruzeiro e Vasco, por exemplo, tiveram suas gestões transferidas para investidores, o Timão aposta na profissionalização da administração sem abrir mão de seu modelo atual.

Esse posicionamento também reforça a confiança da diretoria na capacidade de geração de receitas do clube. Com um dos maiores programas de sócio-torcedor do país, uma marca consolidada e contratos de patrocínio expressivos, o Corinthians acredita que pode seguir competitivo sem a necessidade de vender sua gestão para investidores externos.

Além disso, a construção de uma política financeira mais rígida pode ser um passo importante para um futuro mais sustentável. Evitar dívidas excessivas e manter um equilíbrio entre receitas e despesas pode garantir que o clube continue sendo um dos mais fortes do futebol brasileiro, sem comprometer sua estabilidade financeira.

O posicionamento de Augusto Melo sobre a SAF e o fair play financeiro deixa claro que o Corinthians seguirá um caminho independente, apostando na organização administrativa e na responsabilidade financeira como pilares para sua evolução nos próximos anos.

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