A Justiça de São Paulo negou, nesta terça-feira, o pedido de recurso apresentado pela defesa de Augusto Melo, presidente do Corinthians, na tentativa de interromper o processo de impeachment que tramita no clube desde 2024.
O mandatário alvinegro alegava que não teve a oportunidade de apresentar sua defesa de forma adequada, mas os argumentos não foram aceitos pelas autoridades. Dessa forma, o dirigente segue sob risco de ser destituído do cargo.
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A informação foi divulgada pelo ge.globo e reforça o cenário turbulento nos bastidores do Corinthians. Com a negativa judicial, o processo de impedimento ganha força e mantém o clube em um ambiente político conturbado.
Apesar da decisão desfavorável, Ricardo Cury, advogado de Augusto Melo, garantiu que a defesa não desistirá da batalha jurídica. Segundo ele, novos recursos serão apresentados, e o caso pode chegar até as instâncias superiores em Brasília.
"Houve o julgamento dos embargos de declaração no Tribunal de Justiça, mas a defesa vai recorrer para Brasília. Esse processo não acabou ainda. Mesma coisa que acontece com relação ao outro processo, que tramita na Primeira Instância, e nós vamos recorrer para o Tribunal de São Paulo, posteriormente para Brasília. Está tudo aquecido, tudo aberto e a disputa judicial irá longe ainda", afirmou o advogado.
A insistência da defesa de Melo reflete a complexidade do caso e a intenção de prolongar a decisão o máximo possível, mantendo o presidente no cargo enquanto os recursos são analisados.
O processo de impeachment de Augusto Melo teve início no final de 2024. Em 28 de novembro, o Conselho Deliberativo do Corinthians se reuniu para votar a admissibilidade do pedido, mas o presidente conseguiu suspender a sessão minutos antes de seu início por meio de uma liminar judicial.
Em janeiro de 2025, uma nova reunião foi convocada, mas acabou interrompida após mais de cinco horas de debates, devido a preocupações com a segurança. Apesar dos obstáculos, o Conselho Deliberativo conseguiu votar e aprovou a continuidade do processo por uma margem apertada de 126 a 114 votos.
A partir desse momento, o impeachment avançou para novas fases, mantendo Augusto Melo na mira de uma possível destituição.
O presidente do Corinthians enfrenta diversas acusações que serviram como base para o pedido de impeachment. Entre elas, destacam-se possíveis irregularidades no contrato de patrocínio com a casa de apostas VaideBet, além de supostas violações à Lei Geral do Esporte e ao estatuto do clube.
Se considerado culpado, Melo pode ser afastado do cargo, o que abriria caminho para uma nova eleição no Parque São Jorge. A crise política tem afetado diretamente a gestão alvinegra, trazendo incertezas sobre o futuro do clube dentro e fora de campo.
Com a negativa do recurso por parte da Justiça de São Paulo, o processo de impeachment segue adiante, mas ainda há um longo caminho jurídico a ser percorrido. A defesa de Augusto Melo promete levar o caso às instâncias superiores, o que pode arrastar a disputa por mais meses.
Enquanto isso, a pressão interna no Corinthians cresce. Conselheiros e opositores do presidente acompanham de perto cada movimento do processo, enquanto a torcida aguarda desdobramentos que possam impactar diretamente a gestão do clube.
O desfecho desse impasse ainda é incerto, mas uma coisa é certa: a disputa pelo comando do Corinthians está longe de terminar.
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