Série A

Se o Vasco faliu com dívida de R$ 1,4 bilhão, esta é a fortuna que o Flamengo possui

Vasco entra em recuperação judicial para reestruturar dívida bilionária

Por Eric Filardi

Bap em destaque pelo Flamengo
Bap em destaque pelo Flamengo

O Vasco da Gama oficializou na noite de segunda-feira seu pedido de recuperação judicial, um passo crucial para reestruturar suas dívidas, atualmente estimadas em R$ 1,4 bilhão. Com isso, o clube inicia negociações coletivas com seus credores, sob a mediação da Justiça.

A recuperação judicial é um mecanismo utilizado por empresas para evitar a falência e, nos últimos anos, tem sido adotado também no futebol. Cruzeiro e Coritiba passaram pelo processo com sucesso, contando com a consultoria da empresa Alvarez & Marsal, a mesma que agora assessora o Vasco.

Foto: Reprodução

Diferença em relação a Cruzeiro e Coritiba

O caso vascaíno tem um diferencial importante. Enquanto Cruzeiro e Coritiba aplicaram a recuperação judicial apenas em suas associações civis sem fins lucrativos, o Vasco precisará incluir também sua SAF (Sociedade Anônima do Futebol) no processo.

Isso acontece porque, quando o clube vendeu 70% de sua SAF para a 777 Partners, em setembro de 2022, a maior parte das dívidas da associação foi transferida para essa nova estrutura empresarial. Agora, o Vasco busca um modelo sustentável para equilibrar suas finanças e garantir estabilidade no cenário esportivo e financeiro.

Terceiro ano seguido acima de R$ 1 bilhão

Enquanto o Vasco enfrenta uma grave crise financeira, o Flamengo vive seu auge econômico. Pelo terceiro ano consecutivo, o clube superou a marca de R$ 1 bilhão em receitas. Segundo documento enviado pela gestão de Rodolfo Landim aos sócios, a previsão de arrecadação para 2024 é de R$ 1,194 bilhão.

O número reflete a evolução financeira do clube nos últimos anos, com exceção de 2020, quando houve impacto da pandemia de Covid-19. O crescimento se deve ao aumento de receitas em quatro áreas principais:

Dívida zerada pelo segundo ano consecutivo

Graças ao crescimento da arrecadação, o Flamengo encerra 2024 sem dívidas bancárias, pelo segundo ano consecutivo. Além disso, houve uma evolução significativa no patrimônio líquido, consolidando a saúde financeira do clube.

Apesar dos números positivos, o clube vive um momento de transição política. No documento enviado aos sócios, Rodolfo Landim expôs uma divergência com Luiz Eduardo Baptista (Bap), presidente eleito para o triênio 2025-27.

De acordo com o texto, a nova gestão barrou uma proposta de venda de cadeiras cativas para o futuro estádio do clube a sócios. A relação entre Landim e Bap, que antes eram aliados, se deteriorou nos últimos anos, especialmente com a proximidade da eleição. Após ser eleito, Bap também fez críticas à gestão Landim, evidenciando um racha político no clube.

Tópicos


Mais notícias