Série A

Se Zico critica gramado sintético, reforça preocupação com lesões no futebol brasileiro

Zico critica o uso de gramado sintético e alerta para os riscos de lesões no futebol brasileiro.

Por Eric Filardi

Foto: Divulgação
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O debate sobre o gramado sintético no futebol brasileiro voltou à tona após uma declaração contundente de Zico. O ex-camisa 10 do Flamengo criticou a adoção desse tipo de campo e alertou para os riscos de lesões.

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Zico critica gramado sintético e aponta riscos para jogadores

Durante entrevista ao canal AchismosTV, em março de 2025, Zico afirmou que o gramado sintético pode causar lesões mais graves nos atletas. O ex-jogador destacou que, enquanto o futebol mundial abandona esse tipo de superfície, o Brasil segue na contramão.

  • "As lesões de grama sintética se tornam muito mais graves. É um problema. O mundo todo não tem mais campo sintético. Por que no Brasil, que é pentacampeão, tem?", questionou Zico.
  • Ele também apontou que a implementação desse tipo de gramado atende mais a interesses econômicos dos clubes do que à qualidade do espetáculo.
  • "O campo sintético não é para o futebol, é para os shows", finalizou.

A declaração de Zico reforça uma preocupação crescente entre jogadores e ex-atletas. O impacto do gramado sintético nas articulações e no desgaste físico tem sido alvo de debates constantes.

Flamengo sofre com gramado sintético em competições nacionais

O Flamengo já enfrentou dificuldades atuando em campos com gramado sintético, como o Allianz Parque, do Palmeiras, e o Estádio Nilton Santos, do Botafogo. Durante o Brasileirão 2024, os resultados do rubro-negro nessas condições foram mistos:

  • 6 vitórias
  • 8 empates
  • 5 derrotas

A oscilação de desempenho gerou ainda mais questionamentos sobre a influência do gramado no rendimento da equipe. Em jogos decisivos, como na Libertadores, a adaptação ao campo pode ser um fator determinante.

Arena MRV adota gramado sintético e aumenta polêmica

A Arena MRV, casa do Atlético-MG, está em processo de instalação do gramado sintético, ampliando ainda mais a discussão sobre seu uso no futebol brasileiro. Alguns jogadores do Flamengo, como Gerson, Arrascaeta e Everton Cebolinha, já expressaram desconforto em atuar nesse tipo de campo.

  • Para Gerson, o impacto nas articulações é uma das principais preocupações.
  • Arrascaeta apontou que a bola quica de maneira diferente, prejudicando a construção das jogadas.
  • Everton Cebolinha destacou que a velocidade do jogo muda completamente, dificultando a adaptação.

A resistência de atletas e ex-jogadores pode ser um fator determinante para uma possível revisão na adoção do gramado sintético nos próximos anos.

Flamengo tem calendário intenso nos próximos jogos

O Flamengo terá desafios importantes nos próximos dias, incluindo partidas em diferentes tipos de gramado. A equipe estreia no Campeonato Brasileiro no próximo sábado (29), contra o Internacional, no Maracanã.

Já no dia 3 de abril, o rubro-negro encara o Deportivo Táchira, na Venezuela, na primeira rodada da Taça Conmebol Libertadores. O jogo acontece no estádio Pueblo Nuevo, com gramado natural, o que pode favorecer a equipe.

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O futuro do gramado sintético no Brasil

A crítica de Zico reacende um tema que divide opiniões. Enquanto alguns clubes defendem a tecnologia como alternativa para conservação e economia, jogadores e ex-atletas alertam para os riscos físicos. O debate promete se intensificar nos próximos anos.

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