Por Romario Paz
Anunciado em janeiro no ano precedente, Marinho não disfarçou a emoção de vestir a camisa do Flamengo. O Rubro-Negro é o time de coração do progenitor do atacante, José Carlos. Mesmo agora no Fortaleza, o ex-camisa 31 do Mengão abriu o jogo e se emocionou ao relembrar a passagem no “maior clube do Brasil”, como o próprio definiu.
"O meu pai falou que, antes dele partir, queria me ver com a camisa do Flamengo. Por mais que o Marinho não conseguiu ser aquele indivíduo que eu esperava de mim, eu consegui triunfar no clube. Eu consegui ser campeão, fiz gol em semifinal de Libertadores. Joguei Copa do Brasil. Eu participei também," disse Marinho, em entrevista ao podcast ‘Denílson Show’.
"Não fico frustrado com aquele negócio de ‘só sou relevante se tivesse jogado…’. Eu sei que contribui nos minutos que eu estive em campo. Isso é valioso para mim. Eu consegui atuar no maior clube do Brasil, consegui ser campeão, fiz gols e dei assistências. Eu não rendi aquilo que esperava, mas conquistei títulos e era o que eu sonhava," acrescentou Marinho.
Marinho chegou ao Flamengo com a pressão de ter sido o ‘Rei da América’ em 2020, pelo Santos. No time da Vila Belmiro, o atacante se destacou por belos tentos, jogadas individuais e muita velocidade. No entanto, no Rubro-Negro, o êxito não foi o mesmo, e o jogador passou maior parte do tempo no banco de reservas.
"Criei uma expectativa por jogar no Santos e querer levar o Marinho do Santos para o Flamengo. A expectativa era minha. Eu falei: ‘Tenho que ser o Marinho do Santos’. Mas ciclos se encerram. Quando eu saí do Santos era pra fechar, o Marinho do Flamengo teria que ser outro. Eu sempre fiz gol e preparava minha jogada pra fazer os gols. Eu criei uma expectativa muito grande e errei nisso," concluiu Marinho.
O ‘desejo’ de vestir a camisa do Flamengo encerrou-se neste ano. Em maio, Marinho teve um desentendimento com Jorge Sampaoli e acabou afastado do elenco. Treinando sozinho, o atacante aguardou uma proposta para sair do Rubro-Negro. Então, o jogador seguiu para o Fortaleza.
Dessa forma, Marinho deixou o Flamengo com 60 partidas, seis gols e nove assistências. Ademais, o atacante conquistou a Libertadores da América e a Copa do Brasil. O momento memorável mencionado pelo ponta foi justamente no torneio continental, quando marcou contra o Vélez Sarsfield (ARG), no embate de volta da semifinal, no Maracanã, quando o Mais Querido venceu por 2 a 1.
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