Por Romario Paz
Chefe de delegação da Seleção Brasileira nos amistosos contra Inglaterra e Espanha, Leila Pereira, presidente do Palmeiras, não se calou frente aos casos de estupro que envolvem Daniel Alves e Robinho. Conhecida por suas declarações incisivas e sem dizer o que se pensa sem receio, a dirigente fez uma declaração potente a respeito da postura — ou a falta dela — da Justiça, da CBF (que até agora continua em silêncio) e de nomes importantes em casos como esses, principalmente os homens do esporte.
“É um absurdo você cometer um crime, ser condenado, não estamos falando de um processo, mas de uma condenação. Não acredito que você combata a criminalidade sem a punição — e severa. Todos os crimes devem ser punidos de maneira severa, mas principalmente contra as mulheres”, disse Leila, em entrevista ao canal SporTV nesta sexta-feira, dia 22.
“O caso do Daniel Alves, volto a repetir, é um tapa na cara de todas nós mulheres. Se acontecer realmente o que estão noticiando, porque não conheço o processo, não sei se realmente pagando um valor ele vai ficar livre. Isto é um absurdo, passaporte para cometer um crime. Paga e você é solto. Isto não pode acontecer, mas não adianta eu falar, só. Todas nós temos que falar, peço a todas as mulheres, vocês da imprensa também têm responsabilidade. Não posso falar sozinha, não vou conseguir solucionar o problema da violência contra a mulher sozinha. Preciso de todos vocês. A pessoa tem de pagar, mas não financeiramente. Condenado tem de ir para a cadeia”, concluiu.
As atribuições do chefe de delegação nas viagens da CBF sempre foram algo abstratas: fazer aparições protocolares, substituir o presidente durante sua ausência e lidar com políticos locais. Muitas vezes, a função foi usada como homenagem a cartolas que quase não apareciam diante das câmeras.
Porém, com Leila, a história é diferente. A presidente do Palmeiras faz questão de ser notada, vai aos treinos e senta entre os repórteres durante as entrevistas. Ela está concentrada com a equipe a 35 km do centro de Londres e não saiu do hotel nem para fazer as unhas: usou o serviço do centro de beleza do local.
20/12/2024
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