Por Eric Filardi
A goleada por 4 a 1 sofrida pela Seleção Brasileira contra a Argentina nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 ainda repercute no continente. E, sem surpresa, episódios de preconceito e racismo contra personagens do futebol brasileiro continuam sendo registrados. A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, se tornou alvo de ataques.
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O comentarista paraguaio Enrique Vargas Peña, da rádio ABC Cardinal, gerou polêmica ao fazer declarações ofensivas em um programa ao vivo. Ele ironizou a derrota brasileira e usou termos pejorativos ao se referir aos torcedores.
Comentarista Enrique Vargas Peña ataca brasileiros e Leila Pereira
Durante a transmissão, Vargas Peña fez declarações extremamente ofensivas ao comentar a derrota do Brasil. "Outra felicidade enorme que eu tive ontem foi que o Brasil perdeu de 4 a 1. Os macacos", disse ele no programa.
Imediatamente, uma das apresentadoras alertou: "Meu Deus... você vai receber uma multa". No Paraguai, apesar de existirem penalizações financeiras para casos de racismo, a legislação ainda é branda e não prevê prisão para os infratores.
Além do ataque contra os brasileiros, Leila Pereira também foi alvo do comentarista. Vargas Peña a chamou de "cachorra de mer"’ e afirmou que ela "não vai dirigir a palavra para mim".
Palmeiras reage e critica punição branda da Conmebol
A polêmica envolvendo Leila Pereira não é isolada. O Palmeiras recentemente criticou a Conmebol por aplicar punições brandas ao Cerro Porteño, após torcedores do clube paraguaio praticarem injúrias raciais contra os atletas Luighi e Figueiredo, na Libertadores Sub-20.
O clube paulista emitiu uma nota oficial repudiando a decisão:
"A Sociedade Esportiva Palmeiras discorda com veemência das punições extremamente brandas aplicadas pela Conmebol ao Cerro Porteño, em razão dos ataques racistas sofridos por nossos atletas em jogo disputado pela Libertadores Sub-20, na quinta-feira (6), em Assunção, Paraguai."
Conmebol debate casos de racismo: será suficiente?
Coincidentemente, nesta quinta-feira (27), a Conmebol realiza uma reunião para debater os constantes casos de racismo no futebol sul-americano. O evento acontece em Luque, Paraguai, e conta com a presença de ex-jogadores como Ronaldo, Carlos Tevez, Diego Lugano, Claudio Caniggia e Oscar Ruggeri.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, participará de forma remota, sem viajar ao Paraguai. A expectativa é que a entidade apresente medidas mais rigorosas contra o racismo nos estádios, mas a eficácia dessas ações ainda é incerta.
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A posição firme de Leila Pereira na luta contra o racismo tem sido uma das principais vozes do futebol brasileiro. No entanto, o ataque sofrido pela dirigente reforça a necessidade de punições mais severas para combater a discriminação no esporte.
31/03/2025
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