Tinha tudo para ser ídolo, decepcionou o Santos de Pelé, agora procura emprego

O Santos do Brasil anunciou nesta quinta-feira a rescisão contratual do zagueiro Eduardo Bauermann, envolvido em um caso de manipulação de resultados da primeira e segunda divisões que escandalizou o futebol brasileiro. O zagueiro de 27 anos "assinou oficialmente a rescisão contratual em comum acordo com o Santos", disse o 'Peixe' em nota em sua conta no Instagram.

Bauermann está sendo investigado na justiça comum pelo Ministério Público de Goiás (centro), que descobriu em novembro passado uma organização criminosa dedicada à manipulação de jogos de futebol no Brasil. A quadrilha teria "cooptado" jogadores de times da primeira divisão, como Santos, Red Bull Bragantino ou Cuiabá, oferecendo-lhes dinheiro em troca de reprimendas, expulsões ou forçando determinadas jogadas e resultados para lucrar com apostas esportivas.

O jogador também foi suspenso por doze jogos pelas quadras esportivas no início do mês, mas se salvou de ser banido do futebol, como aconteceu com outros jogadores, porque não cumpriu o que foi combinado com os apostadores e devolveu a multa dinheiro. O zagueiro havia prometido levar cartão vermelho e amarelo em dois jogos contra Botafogo e Avaí del Brasileiroo, em novembro de 2022, mas não cumpriu o combinado.

Bauermann não jogava desde o início de maio, quando o Santos o interrompeu e depois suspendeu seu contrato "preventivamente" por causa de sua ligação com o escândalo. "Gostaria de pedir desculpas ao clube e também aos meus companheiros e torcedores que, de alguma forma, foram afetados pela repercussão das denúncias", disse ele em um vídeo de despedida publicado na quarta-feira.

“Fui o mais prejudicado, mesmo arrependido e sem ter feito nada que se propusesse a prejudicar a minha equipa”, disse. Bauermann chegou ao onze do São Paulo, onde Pelé forjou boa parte de sua lenda, em janeiro de 2022 e seu vínculo empregatício terminou no final de 2024. Segundo a imprensa local, ele seguirá carreira em um clube da Turquia.

O Ministério Público goiano estima que pelo menos 15 jogos foram fraudados, oito deles da primeira divisão do ano passado. Até o momento, cerca de 25 pessoas foram denunciadas. Entre eles, 15 jogadores de futebol e dez apostadores ou financiadores.