Futebol Internacional

A saída de Messi: o impacto econômico para o Barcelona

Os efeitos da não renovação contratual de Lionel Messi com o Barcelona pode ser muito mais ampla do que só no campo de futebol e preocupa a diretoria aul-grená

Por Wesley Alencar

Os efeitos da não renovação contratual de Lionel Messi com o Barcelona pode ser muito mais ampla do que só no campo de futebol e preocupa a diretoria aul-grená

O mundo inteiro foi abalado quando o Barcelona oficializou que Lionel Messi não era mais seu jogador, na última quinta-feira (05). De acodo com o clube, o regulamento financeiro da La Liga foi o grande empecilho, já que ele limita que as equipes não gaste mais do que lucram, básico de uma lei de Fair Play Financeiro, como o que a FIFA tem pregado recentemente 

Enquanto ainda costuravam um acordo bom para os dois, Messi aceitou que seu salário fosse reduzido em até 50%, assim como sua multa recisória também caiu pela metade, praticamente. Contudo, as perdas para o Barcelona foram maiores do que apenas dentro das quatro linhas. De acordo com o ranking Deloitte Money League, os rendimentos caíram para 125 milhões de euros em 2020 devido ao impacto da pandemia e, agora sem Messi a tendência é que diminua ainda mais em vendas de camisas e até mesmo em direitos de transmissão dos jogis do clube.

Mesmo antes de perder Messi, o Barcelona já estava em rumando para diminuir sua folha salarial, sendo que era especulado que havia clara intenção de vender ou emprestar os jogadores como Philippe Coutinho e Antoine Griezmann e outros com menos holofotes para aliviar as contas que não fechavam, mas foi em Messi que a bucha estourou e o clube fez questão de culpar a La Liga no comunicado sobre a saída do argentino.

“Apesar de ter chegado a um acordo entre o FC Barcelona e Leo Messi e com a clara intenção de ambas as partes de assinarem hoje um novo contrato, este não pode ser formalizado devido a obstáculos econômicos e estruturais. Diante desta situação, Lionel Messi não continuará vinculado ao FC Barcelona. Ambas as partes lamentam profundamente que os desejos do jogador e do clube não possam ser finalmente atendidos.”

Porém, não é novidade para os clubes espanhóis a atituda daorganização. A La Liga tem adotado medidas que visam o Fair Play Financeiro entre os clubes participantes desde 2013, quando impôs um limite máximo de dinheiro que cada clube poderia gastar na contratação de novos jogadores e, também no elenco (em caso de renovações, como a de Messi) a cada nova temporada, sempre sendo baseado pela renda adquierida pelo clube na temporada anterior.

Rumores de Messi em Paris fazem ações do PSG subirem

Embora tenha variado durante o dia, com os rumores sobre a ida de Lionel Messi para o PSG fizeram com que as ações do time tivesse alta durante o dia essa sexta-feira (06). Foi o maior aumento, aliás, desde abril, quando a equipe estava prestes a disputar a semifinal contra o Manchester City, pela Liga dos Campeões da Europa, que acabou eliminado para o vice-campeão europeu – o Chelsea foi o grande campeão.

Efeito Neymar 2.0?

O PSG, inclusive, é muito atento às movimentações de jogadores no mercado, já que no ano passado, a mesma consultoria que fez o levantamento sobre o Barcelona, a Deloitte, fez um amplo estudo sobre as finanças do clube e alertou que grande parte do crescimento do PSG se deu devido o impacto publicitário que gerou quando contratou Neymar.

Pesquisa à parte, após a chegada de Neymar no Paris fez com que disparasse a venda de camisas e outros itens do PSG no Brasil, por exemplo. Então, uma oportunidade como a de contar com Lionel Messi poderia ter um efeito numa escala até maior que a de Neymar, já que muitos ocnsideram o argentino o maior jogador da história do futebol mundial.

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