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Poderia ser melhor que Messi e Ronaldo, mas a depressão arruinou sua vida e a carreira

Atacante enfrentou uma luta severa contra a Depressão

Por Romario Paz

Atacante enfrentou uma luta severa contra a Depressão
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Imperador! Era assim que Adriano foi recebido na Itália durante seus primeiros meses na Internazionale de Milão, após uma transferência midiática do Flamengo. O brasileiro surpreendeu a Europa com sua força e velocidade, além da técnica apurada nas finalizações. Rapidamente, ganhou o posto de ‘sucessor’ de Ronaldo Fenômeno na Seleção Brasileira. 

No primeiro teste como novo ‘9’ da Seleção, Adriano foi o responsável pelo gol histórico de empate na decisão da Copa América de 2004, que levou Brasil e Argentina para os pênaltis, onde a história fez os brasileiros felizes mais uma vez. A partir daí, o jogador se tornou incontestável na Seleção, e no imaginário popular faz com que o Imperador seja apontado como um dos grandes nomes do esporte, ao mesmo nível técnico que Messi e Ronaldo.

Mas a percepção de Adriano com o futebol mudou nos anos seguintes. Em 2004, seu pai, Ademir, faleceu de infarto fulminante e indiretamente a carreira de Adriano mudou. O jogador enfrentou uma profunda depressão nos anos seguintes, que o fez abandonar a Inter de Milão e a Europa e buscar refúgio na comunidade em que nasceu, na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro. 

"As pessoas não vêem o jogador de futebol como alguém normal. Na minha época, quando aconteceu comigo, foi mais pesado [o tratamento das pessoas]. A gente precisa aprender a compreender uma pessoa, cada um passa por uma dificuldade", revelou Adriano durante seu documentário para a Paramount+ ‘Adriano Imperador’. O jogador ainda abre o jogo sobre sua luta contra o alcoolismo e a vida pós-futebol. 

Saúde Mental

Adriano Imperador se tornou uma voz ativa pela luta da saúde mental dentro do esporte. O ex-jogador, que hoje ocupa o cargo de Diretor de Vendas da Adidas na América Latina, revelou que o mundo precisa ser mais compreensivo com a carga emocional que atletas sofrem em suas carreiras. “Todo mundo erra e a gente tem que dar a chance de melhorar”, afirmou.


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