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Atlético de Madrid x Real Madrid: o que diz a regra da FIFA sobre o pênalti anulado de Julian Alvarez na Liga dos Campeõ

Como funciona a regra de dois toques no futebol, o que pode e o que não pode

Por Leandro Correira da Silva

A cobrança de pênalti de Alvarez (Foto: Atlético de Madrid)
A cobrança de pênalti de Alvarez (Foto: Atlético de Madrid)
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No futebol, a regra dos dois toques é um dos aspectos técnicos mais importantes em cobranças de faltas, pênaltis e tiros livres.

Essa infração ocorre quando o jogador que executa a cobrança toca na bola mais de uma vez antes que outro atleta tenha contato com ela. Embora pareça um detalhe simples, essa regra pode gerar lances inusitados e até mesmo alterar o resultado de uma partida.

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O que diz a regra dos dois toques?

A regra dos dois toques determina que, em qualquer cobrança de bola parada, o jogador que bate a falta, pênalti ou tiro de meta não pode tocar na bola novamente antes que outro jogador o faça. Essa norma existe para evitar que um atleta tenha vantagem indevida e para garantir a fluidez do jogo.

No caso dos pênaltis, a regra é ainda mais rigorosa. Se a bola bater na trave ou no goleiro e voltar para o cobrador, ele só pode finalizar novamente se outro jogador tiver tocado na bola antes. Caso contrário, o lance é invalidado e o time adversário recebe um tiro livre indireto.

Casos recentes de dois toques em pênaltis

Embora a regra dos dois toques esteja presente há muito tempo no futebol, alguns episódios recentes chamaram a atenção dos torcedores e geraram repercussão.

Pedro, do Flamengo, e o pênalti inusitado contra o Fortaleza

Em uma partida entre Fortaleza e Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro, um lance inusitado aconteceu quando o atacante Pedro cobrou um pênalti. No momento do chute, ele escorregou e, sem querer, tocou na bola com o pé direito antes de acertá-la com o pé esquerdo. O árbitro imediatamente anulou o gol, marcando a infração de dois toques e concedendo um tiro livre indireto para o Fortaleza.

O lance gerou bastante discussão, pois antes da cobrança, um jogador do Fortaleza foi flagrado mexendo na marca do pênalti com a chuteira. No entanto, a decisão da arbitragem foi correta, já que a regra é clara ao proibir dois toques do mesmo atleta no mesmo lance.

Carlos De Pena e a eliminação do Internacional na Copa do Brasil

Outro caso que ilustrou bem a regra ocorreu na disputa de pênaltis entre Internacional e América-MG, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Durante a terceira cobrança do time gaúcho, o meio-campista Carlos De Pena marcou o gol, mas a arbitragem anulou a jogada após revisar o lance no VAR.

A câmera mostrou que, ao chutar com o pé esquerdo, a bola também tocou levemente em seu pé direito, configurando a infração dos dois toques. Como resultado, a cobrança foi invalidada, e o Internacional acabou sendo eliminado nos pênaltis, perdendo a série por cinco a quatro.

Por que a regra dos dois toques é importante?

A existência da regra dos dois toques tem o objetivo de manter o jogo justo e evitar que o batedor tenha controle excessivo sobre a jogada. Sem essa limitação, um jogador poderia, intencionalmente ou não, corrigir um chute mal executado ou criar uma nova oportunidade de finalização antes que o adversário tenha chance de reagir.

Além disso, a regra é essencial para impedir que erros técnicos sejam transformados em vantagens. Por exemplo, um jogador que chuta mal e tem a bola voltando para si poderia, sem essa regra, ajeitar o lance e finalizar de maneira mais eficaz, algo que quebraria a dinâmica natural do jogo.

Como evitar a infração dos dois toques?

Para evitar essa infração, jogadores e treinadores adotam algumas estratégias, como:

  • Treinamento técnico: trabalhar o equilíbrio e a precisão para evitar escorregões ou chutes irregulares.
  • Atenção às regras: conhecer a regra em detalhes para evitar infrações por descuido.
  • Foco no impacto da bola: garantir que a bola vá diretamente ao gol ou seja tocada por outro jogador antes de uma nova finalização.

A regra dos dois toques pode parecer apenas um detalhe do futebol, mas tem grande impacto em lances decisivos, como cobranças de pênaltis e faltas. Como mostram os casos recentes de Pedro, do Flamengo, e Carlos De Pena, do Internacional, um pequeno erro técnico pode anular um gol e até mesmo custar a eliminação de uma equipe em uma competição importante.

Por isso, conhecer e respeitar essa regra é fundamental para qualquer jogador que deseja evitar surpresas desagradáveis e garantir que suas cobranças sejam válidas. No futebol, cada detalhe conta, e os dois toques podem fazer a diferença entre a vitória e a derrota.

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