A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, deu um passo firme ao cumprir sua promessa de processar o atacante Dudu, ex-jogador do Verdão e atualmente no Cruzeiro.
A ação cível, registrada na 11ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), inclui um pedido de indenização de R$ 500 mil por danos morais. Paralelamente, Leila também move um processo criminal na 8ª Vara Criminal de Belo Horizonte, acusando o atleta de injúria e difamação, crimes previstos no Código Penal Brasileiro.
O desentendimento entre Leila Pereira e Dudu teve início em janeiro deste ano, quando o atacante se transferiu para o Cruzeiro.
Em uma postagem no Instagram, Dudu expressou sua insatisfação de forma agressiva, utilizando palavras de baixo calão para criticar a dirigente.
"Minha história foi gigante e sincera, diferentemente da sua, Sra. Leila Pereira", escreveu o jogador, seguido de "Me esquece, vai tomar no seu c*".
A publicação gerou indignação por parte de Leila, que se sentiu "brutalmente agredida" pelas declarações do atleta.
Na ação judicial, a presidente do Palmeiras também destacou outros episódios em que Dudu a chamou de "falsa" e questionou publicamente sua integridade moral, sugerindo, sem provas, que "todo mundo sabe como ela chegou a ser presidente do Palmeiras".
Os advogados de Leila Pereira basearam parte da ação na alegação de que os comentários de Dudu refletem machismo e misoginia.
Para a dirigente, as declarações ofensivas ultrapassaram o limite da liberdade de expressão e se tornaram ataques à sua honra, motivados, em grande parte, pelo fato de ela ser mulher.
"O desprezo manifestado pelo réu é um triste, mas evidente, reflexo de sua misoginia, uma vez que tece tais comentários desprezíveis não apenas por conta de uma discordância profissional, mas acima de tudo pelo fato de a autora ser uma mulher"
Leila também mencionou no processo as antigas acusações de violência doméstica contra Dudu, feitas por sua ex-esposa Mallu Ohana.
Embora o jogador tenha sido inocentado no inquérito, a presidente destacou como esses episódios prejudicaram a imagem do atleta, associando seu comportamento dentro e fora de campo a polêmicas e desrespeito.
No âmbito da ação cível, Leila Pereira exige uma indenização de R$ 500 mil por danos morais, além de 20% adicionais em honorários advocatícios.
Caso Dudu não cumpra as determinações judiciais, uma multa diária de R$ 10 mil poderá ser aplicada.
Entretanto, a presidente do Palmeiras já anunciou que, caso obtenha vitória no processo, todo o dinheiro arrecadado será doado a uma entidade que abriga mulheres em situação de vulnerabilidade.
Essa decisão reforça a intenção de Leila de transformar o episódio em um alerta contra ataques machistas e agressões verbais.
O atacante Dudu ainda não se pronunciou oficialmente sobre os processos. A expectativa é que ele seja citado diretamente no centro de treinamento do Cruzeiro, em Belo Horizonte, conforme solicitado por Leila Pereira à Justiça.
O desenrolar do caso promete repercutir tanto no âmbito jurídico quanto no esportivo, especialmente pela relação histórica entre Dudu e o Palmeiras.
Durante sua passagem pelo clube, o atacante foi um dos maiores ídolos recentes, acumulando títulos importantes e ostentando um dos maiores salários do futebol brasileiro.
Para Leila Pereira, as declarações de Dudu representaram um ataque pessoal que não pode ser ignorado. Em sua argumentação, ela ressaltou o impacto negativo das ofensas em sua imagem pública e a necessidade de responsabilizar o jogador pelos "graves atos ilícitos" cometidos.
Além disso, a dirigente destacou que sua postura firme no processo é um recado contra atitudes machistas e ofensivas no esporte.
“Do relato dos fatos, não restam dúvidas de que o réu cometeu graves atos ilícitos, os quais causaram à autora profundos e severos danos à sua honra e imagem, resultando em profundo abalo moral”
O caso entre Leila Pereira e Dudu vai além das disputas jurídicas, levantando questões importantes sobre respeito, igualdade e conduta no esporte.
Seja qual for o desfecho, o episódio já serve como exemplo de que ataques pessoais e comportamentos ofensivos não serão tolerados, independentemente de quem os cometa.
31/01/2025
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