Por Romario Paz
Campeão Mundial pela Seleção Brasileira em 2002, Dida, foi muito mais que um talentoso goleiro de sua geração. O arqueiro representou o fim de mais de 4 décadas de preconceito no time principal do Brasil, que traumatizado com a final de 1950, de maneira extremamente inexplicável, baniu os goleiros negros de serem titulares da Amarelinha.
Dida esteve presente durante todo o ciclo da Copa do Mundo de 1998, 2002 e em 2006 assumiu o posto de titular. As campanhas históricas com o Milan, o consagraram como um dos maiores ídolos da história do clube e, considerado até hoje, o maior goleiro do clube italiano. Após anos na Itália, Dida teve rodagem por alguns clubes do Brasileirão.
Sua marca registrada era a frieza com que tinha debaixo das traves. O arqueiro era um reconhecido pegador de pênaltis, e demonstrava isso em partidas históricas que foram elencando muitos troféus em sua prateleira. Aposentado, Dida assumiu o posto de treinador de goleiros do Milan e virou consultor da CBF para assuntos de defesa.
Tamanha importância de Dida na história do Milan, o fez ser o grande mentor de Gianluigi Donnarumma, goleiro titular da Seleção Italiana, campeão da Eurocopa de 2020, e um dos goleiros mais bem pagos do mundo. O grande legado do brasileiro foi ajudar o italiano a se consolidar como um dos maiores arqueiros de sua geração, algo que se prova no Paris Saint-Germain.
Dida adotou o goleiro Mike Maignan, titular do Milan desde a saída de Donnarumma em 2021, como seu mais novo aprendiz. O resultado dessa aposta é que Maignan está no top 3 de melhores goleiros da Europa na temporada, e é apontado como o nome da próxima geração de arqueiros. É o próprio Maignan quem diz que Dida é a sua grande inspiração para carreira.
16/10/2024
16/10/2024
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