Nem com Pelé, o que a Fifa está fazendo com Vinicius Jr que vai mudar o futebol

O presidente da FIFA, Gianni Infantino, disse que é "crucial e obrigatório" interromper as partidas quando os jogadores são vítimas de discriminação racial, e anunciou a criação de um grupo de trabalho contra o racismo, no qual o atacante brasileiro Vinicius Junior, do Real Madrid e da Seleção Brasileira, terá um papel de destaque. Ele foi alvo de muitas ofensas de cunho racista durante a temporada, nos jogos do Campeonato Espanhol.

A entidade confirmou na última quinta-feira (15) que Infantino se reuniu com os integrantes da Seleção Brasileira e o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, em Barcelona, onde enviou uma mensagem contundente contra o racismo e confirmou a criação deste grupo de trabalho, que irá colaborar para formular recomendações específicas.

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Durante essa temporada, o atacante sofreu com diversas ofensas racistas em jogos do Real Madrid. Na Copa do Rei, antes de um jogo contra o Atlético de Madrid, o brasileiro foi representado por um boneco enforcado em uma ponte da capital espanhola, que ainda tinha uma faixa com os dizeres: “Madrid odeia o Real”. E no jogo contra o Valencia pela La Liga, ele foi ofendido desde antes do começo do jogo com xingamentos de “macaco”.

Nada de racismo

“Se há racismo não há futebol. Então, vamos parar os jogos. Os árbitros têm essa oportunidade nas competições da FIFA, pois temos esse processo de parar o jogo, e medidas devem ser tomadas em todos os níveis, também no nível nacional. Todos têm que entender isso e iremos, juntos, até o fim” – completou Infantino. No amistoso de sábado (17) contra Guiné, o escrete canarinho vai jogar de uniforme todo preto durante os primeiros 45 minutos de jogo, antes de finalizar a partida com o tradicional uniforme amarelo.