Por Romario Paz
O Palmeiras anunciou nesta última segunda-feira (4) que estuda a possibilidade de processar o diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, por xenofobia. Após o empate por 1 a 1 no Choque-Rei de número 340, disputado na noite de domingo (3), no Morumbi, o dirigente são paulino xingou veementemente o técnico Abel Ferreira de “português de merda”, o que levou o Alviverde a considerar processá-lo.
Além disso, o clássico foi polêmico também por outro motivo. O técnico Abel Ferreira não concedeu entrevista coletiva após o empate. A decisão se deu após o Tricolor barrar a sala de coletiva do estádio para o treinador falar. Assim, o São Paulo alegou que “por reciprocidade” disponibilizou a zona mista do local para a realização das entrevistas do Palmeiras. Em esclarecimento publicado nas redes sociais, a assessoria tricolor afirmou que no último clássico no Allianz Parque, disputado em 2023, o São Paulo realizou a coletiva “em um pequeno espaço anexo à zona mista do estádio”.
Diante a este cenário caótico, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, soltou o verbo sobre o assunto e fez duras críticas aos dirigentes são paulinos. Portanto, em entrevista exclusiva ao GE, a dirigente relatou sua revolta com os acontecimentos e afirmou que estuda com seus advogados se é possível proibir a entrada do diretor de futebol do Tricolor, Carlos Belmonte, em partidas do Palmeiras como mandante.
— Vi o vídeo horrível do senhor Carlos Belmonte xingando o nosso treinador e acho que tudo na vida a gente tem que refletir primeiro antes de falar. Por isso que estou aqui hoje, com a cabeça fria, dizendo que espero que as autoridades tenham uma atitude exemplar, punindo o Belmonte para que isso não aconteça novamente. Vou conversar com meus advogados que eu gostaria até que ele não fosse mais no Allianz. É uma persona non grata nos nossos ambientes. Temos que coibir essa violência insana, e nós como dirigentes temos que ser os primeiros a levantar essa bandeira – afirmou Leila Pereira.
Segundo Leila, a rivalidade foi além das quatro linhas e se transformou institucional por parte do Tricolor Paulista. Vale lembrar que em duas ocasiões em 2023, o Palmeiras mandou jogos no Morumbi, enquanto o São Paulo utilizou o Allianz Parque nas quartas de final do Paulistão.
— A rivalidade é só dentro de campo, ou deveria ser. Com todos os outros clubes a rivalidade é dentro de campo e não pode deixar que isso transborde para fora porque é perigoso. Fora de campo tem que existir o respeito. Da minha parte, a rivalidade continua dentro de campo. Eu tenho profundo respeito por todo torcedor, todos os jogos que vou no Morumbi, torcedores do São Paulo me param pra tirar foto — comentou a presidente.
16/10/2024
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