Por Romario Paz
A Justiça de Barcelona aceitou nesta quarta-feira (20) o pedido de liberdade provisória do ex-jogador brasileiro Daniel Alves, condenado por estupro em fevereiro. Em fevereiro, Alves foi condenado a quatro anos e meio de prisão pelo crime de agressão sexual -- ele foi acusado de estuprar uma mulher em uma boate em Barcelona. A defesa do ex-jogador recorreu da sentença e, na sequência, pediu para o brasileiro aguardar a deliberação final em liberdade.
Dessa forma, Daniel Alves recorreu ao pai de Neymar Jr. para o pagamento da fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões) e deve deixar a prisão, segundo o jornal espanhol “La Vanguardia”. A informação foi confirmada ao periódico por fontes próximas ao ex-jogador do FC Barcelona.
Vale ressaltar que a ordem concedida pela Justiça estabelece, no entanto, algumas condições e medidas cautelares. O jogador deverá ter seus dois passaportes (espanhol e brasileiro) retidos, além de não poder se aproximar a menos de um quilômetro da vítima ou se comunicar com ela. Ele também deverá comparecer uma vez por semana ao Tribunal de Barcelona.
Além disso, essa não é a primeira vez que Neymar Pai ajuda o condenado por estupro. Ainda no início do processo, Daniel teve sua pena abatida devido ao pagamento de uma indenização de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) à jovem vítima do crime — dinheiro esse provido pelo pai do atacante do Al-Hilal.
A sentença de quatro anos e meio de prisão mais cinco anos de liberdade vigiada foi proferida pela 21ª Seção do Tribunal de Justiça de Barcelona, em fevereiro de 2024. Um mês depois, a defesa do jogador conseguiu ter um pedido de liberdade provisória aceito, após cinco negados.
Segundo o GE, o tribunal considerou que, com os recursos apresentados por todas as partes na sala de apelação do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha, há possibilidade de o processo se estender para além da metade da pena de prisão efetiva (dois anos e três meses) ou do tempo máximo para prisão preventiva na Espanha (dois anos). Também explicou que a prisão preventiva exige ser "objetivamente necessária" e que "ou não existam outras medidas menos onerosas que possam ser adotadas ou dure o tempo mínimo imprescindível" para todo o processo.
16/10/2024
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