Série A

Nova polêmica! Denunciam o Flamengo por homofobia: não vestem a camisa 24

Uma ONG que luta contra a discriminação contra a comunidade LGTBQ+ denunciou o Flamengo Futebol Clube por discriminação porque o clube não usa o número 24 em suas camisas, comumente associado à homossexualidade.

Por Romario Paz

Uma ONG que luta contra a discriminação contra a comunidade LGTBQ+ denunciou o Flamengo Futebol Clube por discriminação porque o clube não usa o número 24 em suas camisas, comumente associado à homossexualidade.

A ONG Grupo Arcoíris, grupo que luta pelos direitos da comunidade LGTBQ+, entrou com uma ação na Justiça contra o Flamengo, por discriminação contra homossexuais. Embora pareça inusitada, a reação se deve ao fato de no país o número 24 estar relacionado aos gays, obviamente, de forma depreciativa e discriminatória. Um estudo recente revelou que o número da camisa menos escolhida pelos jogadores brasileiros foi 24.

O tema começou no contexto da Copinha, torneio brasileiro que funciona como vitrine para os jovens das divisões inferiores das equipes que buscam ter um chute de primeira. Agora, na lista apresentada pelo clube do Flamengo para a copa, não há nenhum jogador com a camisa 24, já que pulam de 23 para 25, algo no mínimo curioso. Isso foi o que a referida ONG considerou uma ofensa, e eles determinaram que foi uma evasão intencional realizada pelos jogadores de futebol.

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Mas pode-se perguntar por que a ONG considera que esse número é evitado e que relação tem com a homossexualidade? Pois bem, no país vizinho, o Jogo dos Animais, que equivale à loteria em outros países, coloca cada criatura com um número, e 24 é o veado. Este animal está relacionado com homossexuais há décadas, devido a uma coincidência de pronúncia, já que no Brasil os gays são chamados de 'viados' de forma pejorativa, enquanto o veado é chamado de 'veados', duas formas muito semelhantes de dizer duas coisas diferentes.

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causa na justiça


A partir do momento em que a ação chegou ao Tribunal de Justiça do Esporte de São Paulo, o processo foi arquivado, pois, embora os tribunais estivessem interessados em apresentar a questão, garantiram que não tinham como agir, ou que não tinham com o "capacidade processual" para fazê-lo.

Quem fez as declarações menos questionáveis foi Antonio Olim, presidente do Tribunal ao qual chegou o caso, que disse: "Não sou homofóbico, mas se jogasse em um time, não gostaria da camisa com o número 24 ." Ele também deu sua versão de por que o caso não prosperou: "Em relação ao número, a maioria das equipes não tem. Como vou tomar alguma providência? É complicado. Há prédios em São Paulo que não têm o 13º andar . Vou bater de prédio em prédio perguntando ao gerente por que eles não têm o número 13."

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