Por que o Flamengo não foi rebaixado em 1995? Confira os motivos

No mundo do futebol existe uma questão que vai além das quatro linhas, das arquibancadas e às vezes para até nos tribunais: afinal, time grande cai? A torcida do Flamengo, por exemplo, é um das torcidas que falam que clube grande não é rebaixado, porém é acusada de que o rubro-negro teria caído para Série B em 1995 e, com uma virada de mesa, permanecido na elite. Mas e aí, o Flamengo caiu ou não?

A resposta é sucinta e direta: não! O Flamengo não foi rebaixado no Brasileirão de 1995, embora tenha feito uma de suas piores campanhas na história do nacional, quando terminou sim entre os quatro últimos, mas naquela edição, diferente das atuais, só duas equipes eram rebaixadas, prática que era utilizada em edições anteriores do torneio naquela época.

Time grande cai?

O regulamento da competição havia sido assinado pelos clubes um mês antes do início da disputa que, naquele ano, contou com 24 clubes, onde todos se enfrentavam em turno único, maas dividivos em doi grupos com 12 cada. Na primeira fase, com 11 rodadas, os jogos eram apenas entre as equipes do mesmo grupo, enquanto na segunda fase, com 12 rodadas, os clubes enfrentavaam a equipe da outra chave. Classificando os melhores para o mata-mata final.

Entre todos esse jogos, o Flamengo, de modo geral, somou apenas 24 pontos, em 23 jogos, com mais derrotas e empates (9) do que vitórias (5), a equipe terminou a competição na 21ª posição, duas acima dos rebaixados Paysandu e União São João de Araras, que tinham 18 e 9 pontos, respectivamente.

O rubro-negro, no ano do seu centenário, viu o Botafogo ser campeão brasleiro sobre o Santos em 1995, em partidas marcadas pelas polêmicas da arbitragem. Um tempo depois, torcedores acusarm que a CBF havia feito uma manobra para não rebaixar o clube, mas, como dito, o regulamento havia sido assinado previamente, sem chances para uma virada de mesa do Flamengo.

Confusão sobre rebaixamento e a divisão entre elite e segundona

O Brasileirão só passou a rebaixar quatro equipes a partir de 1999, quando a CBF mudou o critério de rebaixamento, determinando que seriam rebaixados para a Série B do ano 2000 as quatro equipes que tivessem a menor média de pontos nos campeonatos de 1998 e 1999.

No entanto, como era uma regra bastante confusa, além de decisões do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, a nova regra do rebaixamento foi questionada na Justiça comum, o que desencadeou diversas e estruturais alterações no Brasileirão de 2000, que passou a ter na Copa João Havelange o grande divisor de águas para determinar quem ficaria na Série A e na Série B a partir de então.