Série A

Por que o Palmeiras é apelidado de porco? Confira os motivos

Torcedores detestavam o apelido, mas mudaram e decidiram adotar o animal até como mascote

Por Wesley Alencar

Torcedores detestavam o apelido, mas mudaram e decidiram adotar o animal até como mascote
Torcedores detestavam o apelido, mas mudaram e decidiram adotar o animal até como mascote
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Um dos maiores clubes do Brrasil, o Palmeiras tem um apelido incomum e que tendia a ser pejorativo quendo os rivais os chamavam: Porco! Contudo, o que era levado para o lado ruim, foi incorporado ao clube, mas você sabe por que e como surgiu o apelido?

Existem dois motivos fundamentais para o apelido. Um se dá por um dos epísodios mais tristes da história da humanidade, a Segunda Guerra Mundial, e ou outro é fruto de uma das maiores rivalidades do futebol mundial, o Palmeiras x Corinthians.

Ligações com a Segunda Guerra Mundial

A história remonta do conflito bélico da Segunda Guerra Mundial, quando os imigrantes italianos sofriam retaliações dos brasileiros que ligavam a imagens dos estrangeiros ao regime fascista de Benito Mussolini, tanto que a expressão "porco fascista" é muito conhecida do grande público. Tanto que torcedores palemirenses mais velhos relutaram até aceitar definitivamente o apelido.

Após o Brasil se aliar aos Estados Unidos, durante o conflito, houve uma rigorosa repressão aos imigrantes italianos que viviam no país naquela época sendo xingados de porcos, o que era, até então, uma grande ofensa, por ser refrência a um animal sujo, que vive na lama. Na mesma época, também por conta da Segunda Guerra Mundial, os clubes que tinham origens italianas no Brasil precisaram mudar de nome, como o Palmeiras, que até então era o Palestra Itália, como o Cruzeiro também.

Rivalidade acima de tudo

Reza a lenda que, em 1969, dois jogadores do Corinthians, Lidu e Eduardo, faleceram em decorrência de um acidente de carro e na época o prazo de inscrições para o Corinthians inscrever atletas  no Campeonato Paulista daquele ano já tinha sido encerrado e, por causa da tragédia, o Timão solicitou à Federação Paulista e aos demais clubes participantes uma autorização para repor as vagas deixadas pelos dois falecidos.

Contudo, só a unanimidade de clubes e Federação dariam aval ao Corinthains para realizar novas inscrições e um dirigente do Palmeiras vetou o pedido alvinegro o que causou enorme ira nos torcedores corinthianos que falavam que os palmeirenses tinham “espirito de porco”.

Os palestrinos passaram anos ouvindo o termo não só de corinthianos, como também de são-paulinos e santistas e, assim como os italianos residentes no Brasil durante a Segunda Guerra, era uma referência ao animal não tão fã de habitos higiênicos.

Adoção do Porco e a era de Gobatto

Foi graças a  João Roberto Gobbato, diretor de marketing do Palmeiras em meados dos anos 1980, que resolveu adotar o xingamento como um apelido que identificaria o clube. Ainda assim as arquibancadas só vieram a entoar os cânticos tradicioanis nas arquibanadas hoje em dia no final dos anos 1980. O mito do conto da origem do apelido diz que a primeira vez que se ouviu a plenos pulmões o "Porco" vindo das arquibancadas no Pacaembu, num clássico contra o Santos.

Recentemente, a diretoria do Palmeiras resolveu alçar o porco de um apelido para um mascote e assim surgiu o Porco Gobbato, a segunda mascote do clube ao lado do Periquito. Durante as partidas do Palmeiras como mandantes, os dois são responsáveis por receber a torcida e os jogadores no gramado. Com a pandemia do novo Coronavírus, porém, os dois andam sumidos da casa palmeirense.

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