Blatter em apuros; Promotoria suíça quer prisão de ex-presidente da FIFA

O Ministério Público da Suíça pediu nesta quarta-feira (15) uma pena de 18 meses de reclusão para o ex-presidente da FIFA, Joseph Blatter, pelos crimes de fraude que o ex-dirigente de futebol responde juntamente com o ex-jogador e ex-presidente da UEFA, Michel Platini, que teve um pedido mais brando, o de 2 anos de liberdade condicional.

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Blatter e Platini são acusados de fraude, gestão desleal e corrupção pelo poder público suíço. As acusações são oriundas do ‘FIFAgate’ uma investigação em conjunto das autoridades suíças e do FBI, que apurou irregularidades no processo de escolha de diversas sedes das Copas do Mundo e também ex-dirigentes do futebol, como o ex-presidente da CBF, José Maria Marín.

Segundo o Ministério Público da Suíça, os dois ex-dirigentes obtiveram “ilegalmente, em detrimento da FIFA, um pagamento de 2 milhões de francos suíços para Michel Platini”, cerca de 2 milhões de dólares (9.7 milhões de reais).

O Tribunal Criminal Federal de Bellinzona rejeitou os pedidos de adiamento do julgamento feito pelas defesas de Blatter e Platini, e manteve a data final para expedir a decisão para 8 de julho. Ambos os ex-presidentes estão banidos da FIFA e da UEFA e, se condenados, podem pegar uma pena de até 5 anos de prisão.

FIFAgate foi essencial para Gianni Infantino

A explosão do caso 'FIFAgate' em maio de 2015 fez com que a FIFA perdesse seu ex-presidente, que foi obrigado a renunciar por pressão de patrocinadores cruciais como a Coca-Cola. A repercussão abriu caminho para o italiano Gianni Infantino se candidatar ao posto de presidente e, em uma eleição sem oponente, vencer e assumir em 2016. 

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