Por Bruno Leandro
A Fifa receberá nesta segunda-feira(14) uma delegação da Anistia Internacional, organização não governamental que representa os direitos humanos, para discutir a situação dos trabalhadores imigrantes no Catar nas obras para a Copa do Mundo de 2022. O encontro será realizado em Zurique, na sede da entidade máxima do futebol.
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A Anistia Internacional fez vários alertas nos últimos anos sobre a condição precária em que se encontravam os operários imigrantes nas instalações de construção das obras para o evento no Catar. A ONG deve entregar uma petição sobre o assunto para os cartolas. A Fifa se comprometeu a conversar com o comitê organizador da copa no país para averiguar recentes avanços ou pontos ainda a ser melhorados.
Um relatório divulgado em novembro do ano passado, mostrou que progressos no mercado de trabalho no Catar ficaram estagnados em 2021, e práticas abusivas antigas voltaram a acontecer. A situação de imigrantes no país continua difícil para a maioria, de acordo com a Anistía, apesar de mudanças nas leis que ocorreram em 2017.
Segundo reportagem do jornal inglês "The Guardian", publicada em fevereiro de 2021, no mínimo 6,5 mil trabalhadores imigrantes perderam a vida no Catar desde novembro de 2010, quando se conheceu o país como a sede da Copa de 2022. Na época, o comitê organizador local declarou que haviam sido 37 mortes, sendo 34 classificadas como "não trabalhistas".
Segundo a Fifa, a realização da Copa do Mundo contribuiu para a melhoria de condições de trabalho no Catar e ajudou a introduzir mudanças nas leis trabalhistas locais. O encontro com a Anistia Internacional vai tratar disso, com foco especial no setor de serviços.
" Nós recebemos muito bem o engajamento da Anistia Internacional e estamos sempre abertos para discussões construtivas e transparentes, além de levar qualquer preocupação aos nossos parceiros. Continuamos totalmente comprometidos em garantir a proteção dos trabalhadores envolvidos com a entrega da Copa do Mundo", disse o chefe de Responsabilidade Social e Educação da Fifa, Joyce Cook, em nota.
A Copa do Mundo de 2022 será realizada no Catar entre os dias 21 de novembro e 18 de novembro. Além do país anfitrião, outras 14 seleções já garantiram vaga para o torneio, o último a ser disputado com 32 participantes.
A Fifa segue estudando a possibilidade de viabilizar o aumento de 23 para 26 jogadores inscritos para a Copa do Mundo do Qatar, no final do ano. O pedido foi feito por algumas associações, entre elas a CBF, e tem como objetivo principal o de minimizar baixas por covid-19, mas também considera o calendário apertado e o tempo de preparação para o Mundial, que será menor do que em copas anteriores, aumentando consideravelmente o risco de lesões.
Os clubes só serão obrigados a liberar seus atletas a partir de 14 de novembro, uma semana antes da abertura da Copa, dia 21 (a final será em 18 de dezembro). Normalmente são mais de 14 dias entre a apresentação à seleção e o começo da competição.
A decisão pode ser tomada no dia 31 de março, quando ocorre o Congresso da entidade em Doha, no qual todas as associações filiadas estarão na cerimônia. O sorteio dos grupos da Copa do Mundo será realizado em 1º de abril, e devido ao adiamento de jogos das Eliminatórias devido à pandemia de covid-19 e à guerra da Ucrânia três dos 32 participantes ainda não estarão conhecidos.
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