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A atitude da CBF que surpreendeu a FIFA no sorteio da Copa América

CBF não teve representante oficial no sorteio da Copa América de 2024

Por Romario Paz

CBF não teve representante oficial no sorteio da Copa América de 2024

A Copa América de 2024 conheceu os seus grupos e participantes na noite desta quinta-feira, 7. O torneio que será disputado nos Estados Unidos contará com a presença das 10 seleções sul-americanas e outras 6 da Concacaf (América do Norte e Central), que ainda possuem duas vagas em aberto que serão definidas em 2024. 

Ao lado de ídolos ilustres como Ronaldinho Gaúcho, Javier Zanetti, Roque Santa Cruz e Jorge Campos, os países ficaram espalhados e acabaram por deixar a primeira fase da Copa América ainda mais competitiva. Todos os grupos foram considerados extremamente equilibrados, inclusive com o da campeão Argentina, enfrentando seu algoz dos últimos anos: o Chile

Entretanto, uma imagem chamou a atenção no sorteio. Na primeira fila, reservada aos representantes das federações de futebol dos países participantes, a cadeira destinada ao chefe da CBF ficou vazia. Na tarde desta quinta-feira, Ednaldo Rodrigues foi afastado da cadeira presidencial por decisão da Justiça Brasileira, que considerou a eleição que havia vencido em 2022 como ilegal. 

O clima entre os dirigentes era de apreensão. A ausência de uma autoridade brasileira jogou luz a um grave problema da Conmebol e da FIFA às vésperas da Copa América. Por ter um presidente deposto sob ordem judicial e a interferência direta do poder público, a Seleção Brasileira e os clubes do país podem sofrer sanções em competições internacionais. Mesmo com a decisão da Justiça desfavorável, a CBF optou por não enviar nenhum representante oficial ao sorteio. A entidade não explicou o motivo dessa decisão.

Entenda o caso

A 21ª Vara de Direito Privado do TJ-RJ considerou como ilegal o Termo de Ajustamento de Conduta celebrado entre a CBF e o Ministério Público em 2022, que permitiu a posse do presidente Ednaldo Rodrigues. No despacho feito pela turma de desembargadores, cuja a decisão foi unânime, ficou reconhecido que o MP não tem prerrogativa para realizar acordos com entidades privadas sem co-participação do Estado. Logo a decisão que favorecia Ednaldo foi cassada, e seu mandato suspenso imediatamente. A CBF anunciou que recorrerá da decisão. 

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