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Seleção Brasileira preocupada com Mundial, o duro golpe que a CBF recebe da Justiça

Presidente da CBF tenta voltar ao poder da entidade máxima de futebol

Por Romario Paz

Presidente da CBF tenta voltar ao poder da entidade máxima de futebol

O Futuro da Seleção Brasileira em Copas do Mundo está mais nebuloso. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou na manhã desta quarta-feira, 13, o recurso apresentado pela defesa do ex-presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que foi afastado do cargo desde a semana passada. O Tribunal segue reconhecendo o interino José Pardiz, como único representante da CBF atualmente.

O presidente do STJD afastou-se do cargo na última terça-feira, para poder prosseguir com a tarefa de organizar novas eleições na CBF em 30 dias. A reação de Ednaldo Rodrigues foi implacável. O ex-presidente da CBF contratou cerca de 9 advogados para tentar reaver seu cargo por meios legais. Eles são liderados pelo ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A CBF vai recorrer da decisão em última instância. 

Entenda o caso

Em 2018, o Ministério Público do Rio de Janeiro moveu um processo contra a CBF pelo descumprimento da Lei Pelé, que exige o tratamento igualitário em processo eleitoral. Na ocasião, as regras das eleições para presidência da CBF haviam sido alterada pelo ex-mandatário Marco Polo Del Nero. No texto previa peso igualitário do colégio eleitoral para as 27 federações, os 20 clubes da Série A e os 20 da B. Entretanto, na prática a CBF atribuia peso três às entidades estaduais, dois aos times da primeira e um para os da segunda divisão.

Rogério Caboclo comandou a CBF sob essas regras mas acabou caindo após os sucessivos escândalos de assédio sexual. Em outubro, o ex-presidente foi absolvido. Ednaldo Rodrigues, 1º vice-presidente da entidade assumiu interinamente e em semanas selou um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público para efetivar seu mandato. Com o acordo feito, Ednaldo concorreu a eleição da CBF e venceu por aclamação. 

No entendimento da Justiça, o Ministério Público não tem prerrogativa para celebrar TACs com entidades privadas sem relação direta com o Estado. O processo movido contra Ednaldo Rodrigues estava ‘adormecido’ na Justiça, mas ganhou força depois da articulação criada pelos dois ex-presidentes banidos do futebol pela FIFA: Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero, que visam derrubar Rodrigues da presidência e colocar Rubens Lopes, presidente da FERJ no lugar. 

E a Seleção?

A situação da Seleção Brasileira é delicada. Pelo código regimentar da FIFA, as federações e confederações não podem permitir a interferência externa em assuntos esportivos, isso é: Justiça Comum. Nesse caso, as eleições da CBF foram consideradas ilegais pela Justiça Comum sem a apreciação da Justiça Desportiva. Segundo informações da Rádio Itatiaia, a CBF foi avisada duas vezes das punições caso a houvesse essa interferência, e uma delas é a suspensão do país em competições internacionais como a Copa América e a Copa do Mundo. A FIFA anunciou que acompanha o caso.

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