Apesar do Corinthians ter anunciado oficialmente o afastamento de Marcelo Mariano, conhecido como Marcelinho, do cargo de diretor administrativo em 16 de janeiro, sua influência no clube permanece evidente.
Mesmo sem um comunicado formalizando seu retorno, o ex-dirigente continua ativo nos bastidores e circulando livremente pelas dependências alvinegras.
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De acordo com informações da Gazeta Esportiva, Marcelinho segue participando de atividades internas do clube. Ele tem acesso a grupos de WhatsApp ligados a departamentos do Corinthians, além de comparecer regularmente à Neo Química Arena com credenciamento autorizado pela gestão.
Além disso, sua presença é constante no prédio administrativo do Parque São Jorge, onde realiza atividades relacionadas ao clube.
Outro ponto que reforça sua proximidade com a diretoria alvinegra é sua presença em eventos oficiais do Timão. Um exemplo recente foi sua aparição ao lado dos dirigentes na final da Supercopa do Brasil feminina, realizada no estádio Morumbis no dia 15 de março.
Questionado sobre a situação, o Corinthians evitou negar as informações, limitando-se a afirmar que Marcelo Mariano é membro do Conselho Deliberativo do clube. O próprio ex-diretor adotou a mesma postura, declarando apenas que é conselheiro, sócio e torcedor da equipe.
No entanto, fontes internas da Gazeta Esportiva confirmam que Marcelinho segue frequentando o Parque São Jorge sem qualquer tipo de restrição, utilizando credenciais que garantem acesso a áreas reservadas para funcionários e membros da diretoria.
A saída de Marcelinho do cargo de diretor administrativo ocorreu após forte pressão dentro e fora do clube, motivada por seu envolvimento no polêmico caso VaideBet. O ex-dirigente foi acusado de orientar um funcionário do setor financeiro do Corinthians a transferir R$ 1,4 milhão para a empresa Rede Social Media Design LTDA, intermediária do acordo entre o clube e a casa de apostas. Essa empresa, que tem Alex Cassundé como sócio, posteriormente destinou parte do valor a uma empresa fantasma, levantando suspeitas sobre o destino real do dinheiro.
A repercussão do escândalo gerou mudanças significativas na cúpula corintiana. Sérgio Moura, ex-superintendente de marketing e também envolvido no caso, foi afastado. Além disso, o episódio contribuiu para as renúncias de Rozallah Santoro e Yun Ki Lee, que ocupavam, respectivamente, os cargos de diretor financeiro e diretor jurídico do clube.
O afastamento de Marcelo Mariano ocorreu em um momento de grande turbulência política no Corinthians. O Conselho Deliberativo havia marcado uma nova votação para decidir o impeachment do presidente Augusto Melo. Inicialmente, Melo conseguiu uma liminar para suspender a votação, mas posteriormente o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) anulou essa decisão, permitindo a retomada do processo. Com sua saída do cargo administrativo, Marcelinho reassumiu sua posição como conselheiro do clube.
O fato de Marcelo Mariano continuar ativo nos bastidores corintianos, mesmo após seu afastamento, levanta questionamentos entre torcedores e conselheiros do clube. A falta de um posicionamento mais claro da diretoria sobre sua real situação reforça a ideia de que sua influência ainda é relevante dentro do Parque São Jorge.
A presença de Marcelinho em reuniões e eventos oficiais indica que sua saída foi apenas uma medida paliativa diante da pressão pública, e não uma decisão definitiva. A continuidade dessa situação pode gerar novos desgastes para a gestão de Augusto Melo, especialmente diante da crise política que o Corinthians enfrenta atualmente.
Enquanto isso, os torcedores observam atentos o desenrolar desse cenário, esperando que o clube adote medidas que garantam mais transparência e estabilidade administrativa.
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