No início de fevereiro, o Corinthians e a Havaianas firmaram uma parceria pontual que gerou grande repercussão dentro e fora do clube. A ação foi impulsionada pelo sucesso do evento "chinelaço", organizado por torcedores na sede social do Timão.
Durante o evento, sócios e apoiadores do presidente Augusto Melo se reuniram para repudiar declarações de Mário Gobbi e, ao mesmo tempo, celebrar a cultura popular alvinegra.
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A parceria com a Havaianas foi vista como um acerto estratégico, tanto do ponto de vista comercial quanto de engajamento com os torcedores. Vinícius Manfredi, diretor de marketing do Corinthians, revelou detalhes de como a colaboração foi fechada e destacou o impacto positivo para a marca e para o clube.
A ideia da parceria surgiu de maneira espontânea. Manfredi explicou que já estava em contato com representantes do setor de publicidade e utilizou o LinkedIn para fazer uma proposta ao Fernando, atual líder da Alpargatas, empresa dona da Havaianas.
“Confesso que fiz isso sem grandes expectativas, mas, no dia seguinte, ele me respondeu dizendo que estavam muito ocupados, mas iriam trabalhar a oportunidade. Após um ou dois dias, tudo foi resolvido muito rápido devido à urgência”
Diante da oportunidade, a agência de mídia da Havaianas e uma agência especializada em marcas esportivas foram acionadas para concretizar a negociação. O processo foi rápido e eficaz, permitindo que a ação fosse executada dentro do prazo planejado.
Outro ponto crucial para o sucesso da campanha foi a flexibilidade da Nike, fornecedora oficial dos uniformes do Corinthians. Apesar de a Havaianas ser concorrente no segmento de vestuário e acessórios, a Nike entendeu a importância da iniciativa e não impôs barreiras para a realização do projeto.
“A Nike foi super flexível e entendeu a importância da ação, apesar de ser uma concorrente direta”
O diretor de marketing do Corinthians também ressaltou como brigas políticas internas podem afetar negociações de patrocínio. Segundo ele, conflitos públicos dentro do clube podem afastar empresas interessadas em associar suas marcas ao Timão.
“Temos de reconhecer que disputas políticas internas podem ser prejudiciais para o marketing. Quando essas brigas se tornam públicas, as marcas também leem isso, e isso afeta negativamente as negociações”
A ação gerou uma resposta positiva no mercado. De acordo com Fernando, executivo da Alpargatas, as vendas da Havaianas aumentaram em mais de 30% no dia do jogo, o que reforçou a força do Corinthians como plataforma de patrocínio.
“A repercussão foi extremamente positiva, e a marca demonstrou coragem em entrar em um ambiente de comunicação mais ácido, reforçando seu posicionamento”
A parceria entre Corinthians e Havaianas também foi levada para o campo. No jogo contra o São Bernardo, os jogadores do Timão protagonizaram uma ação especial que reforçou a colaboração entre as marcas.
Antes da partida, os atletas usaram chinelos da Havaianas no gramado, um gesto simbólico que remeteu ao evento “chinelaço” e gerou engajamento entre os torcedores. Além disso, durante o jogo, os letreiros de LED da Neo Química Arena exibiram a mensagem “Vai de Havaianas”, destacando a presença da marca no estádio.
Ao final da partida, cada jogador do Corinthians recebeu um par de chinelos da empresa, consolidando a parceria de maneira descontraída e marcante.
O sucesso da campanha abriu portas para novas oportunidades. A ação foi vista como um exemplo de ativação de marca bem executada, chamando a atenção de outras empresas interessadas em patrocinar o Corinthians.
“Foi uma solução natural que reforçou o DNA do clube, alinhando-se à comunicação do Corinthians, que não precisou ser forçada. O resultado foi muito positivo”
A parceria pontual entre Corinthians e Havaianas mostrou como o marketing esportivo pode ser um aliado estratégico para os clubes. O episódio fortaleceu a imagem do Timão no mercado e reforçou sua posição como uma das marcas mais valiosas do futebol brasileiro.
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