O drama de Endrick, o "novo Pelé" de 16 anos que o Real Madrid comprou por uma fortuna

"A maior negociação da história do futebol brasileiro." Foi assim que Leila Pereira, presidente do Palmeiras, anunciou que o Real Madrid aceitou pagar cerca de US$ 40 milhões pela transferência de Endrick, o promissor jovem de 16 anos que atualmente veste a camisa verde. Mas, menos de cinco meses depois, a realidade bateu no jogador.

Em entrevista à revista GQ Brasil, o atacante falou sobre a pressão que sente e como seu desempenho não parece estar à altura das expectativas que foram geradas. É que até ao momento este ano o jovem marcou apenas um golo e embora possa ser algo perfeitamente normal, visto que ainda é muito jovem para competir a alto nível e está a passar por um período de adaptação, as redes sociais e a imprensa têm exigem como se fosse uma estrela consagrada.

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Ninguém deve sentir pena de mim ou dar tapinhas na minha cabeça. Às vezes me pergunto: por que tantos meios de comunicação focam em mim? Eu não pedi isso. Há situações que passam dos limites. 'Ah, é o novo Pelé'. Cara, ninguém vai ser o Pelé, ele é o Rei do Futebol. Mas agora não tem o que fazer, não posso pedir para as pessoas não falarem da minha vida. Sempre haverá pessoas para me atacar, apontou Endrick.

Em dezembro, o Real Madrid venceu PSG, Chelsea e Barcelona, que também estavam de olho no jovem atacante do Palmeiras, ao concordar em pagar quase US$ 40 milhões por seu token, mais outros US$ 24 milhões que poderiam ser adicionados se o jogador completa vários objetivos (marcar um certo número de gols, ganhar prêmios e conquistar títulos). Na contratação foi esclarecido que até os 18 anos, Endrick continuará defendendo as cores da seleção brasileira, mas depois partirá para a Espanha para ingressar em seu novo time.