Milton Neves desaba em lágrimas e recusa-se a acreditar na morte de Pelé

O dia amanheceu cinzento em Santos, no litoral de São Paulo. A garoa fina de verão é como se os anjos do céu estivessem chorando pela perda de alguém tão querido. Na última quinta-feira de 2022 (29), Edson Arantes do Nascimento se foi. Sua majestade, o rei Pelé. O maior jogador de futebol da história. O único jogador a ser tricampeão mundial por uma seleção nacional de futebol (1958, 1962, 1970), o jogador que fez 1.282 gols na carreira e que ganhou inúmeros troféus com o manto imaculado do Santos Futebol Clube.

Pelé chegou ao Santos muito jovem, em 1956. Com a lendária camisa branca, fez 1.116 jogos, com 1.091 gols, conquistando diversos títulos que elevaram o patamar do Peixe a ser o maior time de futebol do mundo. Foram duas Libertadores da América, em 1962 e 1963, conquistando também o Mundial de Clubes nos mesmos anos, batendo o Benfica e o Milan na decisão do título. Encerrou a carreira nos Estados Unidos, defendendo o New York Cosmos, no fim dos anos 1970.

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Amigo pessoal de Pelé há anos, o jornalista esportivo Milton Neves, um dos principais do Brasil, se recusou a acreditar na morte do Rei do Futebol. Durante a entrada ao vivo em um programa de televisão da Bandeirantes, o apresentador, por telefone e aos prantos, relembrava do camisa 10 e se recusava a acreditar que o Rei havia falecido. Desesperado, ele negava: "Pelé não morreu!". A emoção tomou conta, e ele nem conseguiu mais falar, desligando o telefone. Sua reação repercutiu no país.

Eterno

Desde que foi internado para o tratamento de seu problema de saúde, o Rei do Futebol recebia homenagens de todos os cantos do planeta. Desde o Santos, a Seleção Brasileira com todo o seu grupo durante o Mundial do Catar, o atacante francês Kylian Mbappé, entre várias outras personalidades do mundo do esporte, se solidarizaram com o estado de saúde de Pelé. Foram anos se dedicando ao futebol, com sua genialidade que nenhum outro jogador do planeta jamais terá. Pelé é eterno.